O Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, falou neste domingo com os líderes da Bielorrússia e do Cazaquistão para os informar sobre a cimeira com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois de na véspera o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, ter telefonado aos seus homólogos da Turquia e Hungria.
Após o encontro com Trump no Alasca – a primeira cimeira entre os EUA e a Rússia em mais de quatro anos – Putin reuniu-se ainda no sábado com os principais responsáveis no Kremlin para lhes fazer um balanço.
“Não tínhamos há muito tempo negociações directas deste tipo, a este nível. Repito: houve oportunidade de, com calma e em detalhe, voltarmos a expor a nossa posição”, afirmou Putin perante altos responsáveis russos, dizendo que uma paz justa teria de ter uma “base justa” que abordassem as “causas profundas” da guerra.
A presidência da Bielorrússia indicou, em comunicado, que Putin discutiu “detalhadamente” a cimeira no Alasca com o seu homólogo, Alexander Lukashenko.
Por sua vez, a presidência do Cazaquistão afirmou que as conversações entre a Rússia e os Estados Unidos “contribuíram para um melhor entendimento, por parte americana, da posição russa sobre a Ucrânia”.
Na véspera, coube ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, falar com os seus homólogos turco e húngaro.
A Turquia tem tentado manter canais diplomáticos com ambas as partes, apresentando-se como mediadora, e a Hungria é o país da União Europeia mais próximo da Rússia, opondo-se várias vezes a sanções.
A chamada telefónica entre Lavrov e o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, aconteceu por iniciativa da Turquia, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia numa breve nota publicada no seu site informando de uma “troca de opiniões” dos dois responsáveis “sobre os resultados da reunião de alto nível entre a Rússia e os EUA”.
Da Hungria, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, afirmou que a Hungria espera uma resolução pacífica duradoura para o conflito e o “regresso da paz e da segurança à Europa Central”.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou no sábado, após o encontro entre Putin e Trump, que “o mundo está hoje mais seguro do que estava ontem”, enquanto outros líderes europeus reiteraram numa declaração conjunta que “caberá à Ucrânia tomar decisões sobre o seu território”.