Livraria da Travessa / DivulgaçãoProjeto é assinado pela arquiteta Bel Lobo.Livraria da Travessa / Divulgação

Uma das mais tradicionais e queridas do Brasil, a Livraria da Travessa, nascida no Rio de Janeiro há 50 anos, está prestes a ter uma filial em Porto Alegre, no Shopping Iguatemi. A data de inauguração acaba de ser confirmada: dia 12 de setembro.

Com área de 600 metros quadrados, acervo de 45 mil livros de autores brasileiros e internacionais e seleção especial de vinis, CDs e DVDs, a livraria promete ser um novo ponto de encontro para amantes da literatura, da música e da cultura em geral. É um clássico.

Em breve, será divulgada uma agenda com eventos literários especiais. A ideia de Rui Campos, à frente da rede desde sua fundação, em 1975, é transformar o local em espaço vivo, com encontro entre autores, leitores e ideias.

A loja no RS será a 15ª do grupo, que atua no Rio, em São Paulo, em Brasília e em Lisboa, Portugal. 

Assinado por Bel Lobo, sócia da livraria e uma das profissionais mais requisitadas do Brasil no ramo da arquitetura comercial, o projeto é uma graça: tem pé direito alto, iluminação sofisticada e prateleiras do piso ao teto.

— Nossa ideia é provocar impacto visual nas pessoas. Elas olham e ficam de boca aberta, porque dá para ver de longe aquele colorido, com as prateleiras enormes e o teto aparente. Em São Paulo, até hoje a loja é uma sensação — contou Rui, em entrevista à coluna em maio deste ano.

A Livraria da Travessa

A história do negócio começou em 1975, na pequena Livraria Muro, situada no subsolo de uma galeria do bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. A Muro se tornou lugar de resistência política ao abrigar performances dos poetas da chamada poesia marginal, além de livros de oposição ao regime militar.

Em 1986, a loja ocupava o número 11 da Travessa do Ouvidor, no centro da cidade, quando virou Livraria da Travessa.

A pequena Travessa Do Ouvidor é transversal à efervescente e vanguardista Rua do Ouvidor do início do século 20 — um dos berços da atividade tipográfica e das primeiras livrarias brasileiras, onde escritores, cronistas e jornalistas se encontravam, liam seus jornais, tomavam café e se inspiravam para escrever.

No decorrer dos anos 1980 e 90, a Travessa especializou-se no mercado de livros estrangeiros e de arte, tornando-se distribuidora de obras importadas para outras livrarias.

De lá para cá, o negócio se consolidou e fez história. Hoje, são 14 filiais.

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