A Huawei não tem escondido a sua ambição de se tornar um dos gigantes no setor de software móvel. Richard Yu, presidente da Huawei Consumer Business, revelou recentemente que o HarmonyOS tem como objetivo conquistar um terço do mercado global de sistemas operativos para smartphones, quebrando o duopólio que hoje pertence ao Android e ao iOS.

Trata-se de uma meta ousada, mas que reflete a estratégia da empresa em construir um ecossistema independente, robusto e capaz de competir a nível internacional.

Neste artigo vão encontrar:

O caminho do HarmonyOS até aqui

O HarmonyOS nasceu de uma necessidade: reduzir a dependência do Android, após as restrições impostas à Huawei no acesso a tecnologia norte-americana. Inicialmente introduzido em smart TVs, o sistema foi alargando o seu alcance a smartphones, tablets, wearables, eletrodomésticos e até PCs.

O objetivo da marca nunca foi apenas criar um sistema operativo alternativo, mas sim uma plataforma unificada, capaz de ligar todos os dispositivos do ecossistema Huawei de forma fluida.

De acordo com Richard Yu, este percurso exigiu um enorme esforço em termos de investimento, desenvolvimento e mobilização de recursos humanos.

Huawei quer conquistar um terço do mercado global de sistemas operativos com o HarmonyOS 14

O adeus definitivo ao Android

Um dos marcos mais importantes aconteceu com o lançamento do HarmonyOS NEXT, que marca o fim da utilização de código Android. Isso significa que a Huawei abandonou as bases do sistema da Google e passou a apostar num ecossistema 100% nativo, com aplicações desenvolvidas de raiz para o HarmonyOS.

A transição é tudo menos simples, mas a empresa está a investir de forma massiva para apoiar programadores e utilizadores. Estima-se que a Huawei gaste anualmente 10 mil milhões de yuan em incentivos, desde apoios financeiros a programadores até recompensas diretas para consumidores que migrem para o HarmonyOS.

Entre essas iniciativas encontram-se benefícios como envelopes vermelhos digitais e presentes no valor de 1000 yuan, que pretendem acelerar a adoção da plataforma.

Um investimento humano e tecnológico colossal

Richard Yu sublinhou que a Huawei tem investido, ao longo dos últimos seis anos, em cerca de 10 mil engenheiros por ano, num esforço contínuo que já resultou em mais de 130 milhões de linhas de código.

Graças a esse investimento, a empresa conseguiu superar o primeiro grande marco: atingir 10 milhões de utilizadores do HarmonyOS. Agora, o objetivo é crescer de forma muito mais rápida, alcançando dezenas de milhões num curto espaço de tempo.

O grande objetivo: rivalizar com Android e iOS

A Huawei não esconde a sua ambição: o HarmonyOS deve tornar-se um rival direto do Android e do iOS, oferecendo uma experiência mais fluida, mais inteligente e mais segura. A empresa vê o seu sistema não apenas como uma alternativa viável, mas como uma evolução dos sistemas existentes, capaz de oferecer maior eficiência energética, melhor integração de dispositivos e maior personalização.

Para Richard Yu, o futuro não passa apenas por conquistar utilizadores na China, mas também por expandir o HarmonyOS a nível global. Ainda que a marca reconheça que o momento da verdadeira internacionalização possa demorar, o compromisso de longo prazo é evidente.

Huawei quer conquistar um terço do mercado global de sistemas operativos com o HarmonyOS 15

Obstáculos pela frente

Apesar da ambição, a Huawei terá de enfrentar enormes desafios. O primeiro está no ecossistema de aplicações, que ainda precisa de ganhar escala para rivalizar com a Google Play Store e a App Store. Sem o apoio de programadores de renome e apps essenciais, a adoção fora da China poderá ser mais lenta.

Outro desafio é a perceção do consumidor global. Muitos utilizadores habituaram-se a viver dentro do ecossistema Android ou iOS, e mudar para uma nova plataforma requer confiança, compatibilidade e benefícios claros.

Conclusão: o HarmonyOS como terceira força global?

A Huawei quer transformar o HarmonyOS na terceira grande força mundial dos sistemas operativos móveis. O investimento é massivo, os recursos humanos estão mobilizados e a visão é clara: reduzir a dependência de terceiros e construir um ecossistema próprio, competitivo e inovador.

Resta saber se o mercado global está preparado para abraçar esta alternativa e se a empresa conseguirá convencer milhões de utilizadores fora da China. Mas uma coisa é certa: com a Huawei a apostar todas as fichas no HarmonyOS, o duopólio Android-iOS pode estar com os dias contados.

 

Fonte

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