Ao longo de sua trajetória, Ozzy Osbourne sempre deixou claro que não se impressionava apenas com técnica na guitarra. Para ele, a emoção e a capacidade de transformar melodias em algo memorável eram mais importantes do que correr pelo braço do instrumento em velocidade máxima. Essa visão ficou evidente quando comparou Randy Rhoads e Eddie Van Halen a Yngwie Malmsteen.
Ozzy Osbourne – Mais NovidadesFoto: mgfoto @ www.depositphotos.com
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Após sua saída conturbada do Black Sabbath, Ozzy encontrou em Randy Rhoads a peça que precisava para reinventar sua carreira. O jovem guitarrista, apaixonado por música clássica, soube moldar as ideias de Ozzy em canções que uniam peso e sofisticação. Faixas como “Mr. Crowley” e “Crazy Train” mostravam não apenas técnica, mas também sensibilidade, o que para Ozzy era o verdadeiro diferencial.
Na mesma época, Eddie Van Halen já impressionava o mundo com sua criatividade e inovação. Embora fosse também um guitarrista de virtuosismo absurdo, Eddie conseguia unir isso a uma musicalidade que fazia sentido para o ouvinte. Esse equilíbrio entre velocidade, emoção e inventividade colocava Van Halen, na visão de Ozzy, lado a lado com Rhoads no topo da lista.
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Foi nesse ponto que Yngwie Malmsteen entrou em comparação. Embora reconhecesse as habilidades do sueco, Ozzy não via nele a mesma capacidade de emocionar. “Há caras que vão e voltam pelo braço da guitarra, e alguns têm emoção e outros não. Randy e Eddie Van Halen estavam no posto de vencedores, e todo o resto vinha depois. Quero dizer, esse Yngwie Malmsteen deve ter a capacidade de fazer coisas incríveis, mas é frio demais; é coisa demais para a mente absorver”, disse o vocalista durante conversa com a Guitar World.
Para Ozzy, a diferença estava no impacto causado em quem ouvia. Enquanto Malmsteen podia deslumbrar pela velocidade, faltava o elemento humano que tornava uma música inesquecível. Já Rhoads e Van Halen conseguiam fazer técnica e emoção caminharem juntas, criando algo que transcendeu a pura demonstração de habilidade. Mesmo com todo o respeito ao talento de Malmsteen, o “Madman” deixou claro que, para ele, o guitarrista sueco nunca alcançou o patamar dos dois gigantes que mudaram o rumo do rock.
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