Vieira quebrou o tabu. Em entrevista à TVI/CNN Portugal, nesta terça-feira, anunciou aquilo que já era avançado na imprensa – é o sexto candidato à presidência do Benfica. Vai concorrer contra o seu antigo braço-direito – Rui Costa, atual líder do clube da Luz.

Confrontado com declarações de 2022 («Não volto a ser candidato nem que Cristo desça à Terra», disse), Vieira admitiu: «As circunstâncias mudaram todas e vou ser candidato». Mais à frente, revelou que «em junho» não considerava avançar, mas a situação financeira do clube fê-lo avançar com a candidatura.

«Tem a ver com o legado que deixei. Um legado muito grande e que ninguém alcançou. Deixei um património que o Benfica nunca teve, pago, com uma estrutura profissional admirada em termos europeus. Ao longo destes quatro anos, tudo foi destruído», acrescentou.

LFV quer regressar a um lugar que bem conhece. Foi presidente do clube entre 2003 e 2021. Renunciou ao cargo sensivelmente um ano após a última reeleição, na sequência da Operação Cartão Vermelho. Esteve em prisão domiciliária como medida de coação e pagou três milhões de euros de caução para ser libertado.

O processo ainda está em fase de instrução. Nele, Vieira é suspeito dos crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Antes disso, durante uma presidência de 18 anos, Vieira venceu 22 títulos no futebol masculino, entre eles sete campeonatos nacionais (e um inédito tetracampeonato). 

Assim, Luís Filipe Vieira junta-se a João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Rui Costa na corrida pela presidência do clube.

[Notícia atualizada às 21h20]