O Irão revelou esta quarta-feira a existência de uma nova geração de mísseis avançados, prontos para serem utilizados contra Israel caso haja outro ataque, anunciou o ministro da Defesa iraniano, Brigadeiro-General Aziz Nasirzadeh.
“Hoje possuímos mísseis com capacidades muito superiores”, afirmou Nasirzadeh aos jornalistas em Teerão, sublinhando a prontidão do Irão para um confronto mais amplo não apenas com Israel, mas também com os Estados Unidos, que, segundo ele, forneceram apoio em termos de inteligência e logística às forças israelitas durante o recente conflito.
O anúncio surge num momento de intensificação das tensões no Médio Orientes, após o conflito de 12 dias em junho, que deixou reivindicações de vitória de ambos os lados, e reforçou 8ainda mais) as rivalidades regionais.
Segundo Nasirzadeh, os mísseis usados na guerra em junho eram antigos e o país dispõe de armas com maior alcance e precisão. “Se o inimigo sionista embarcar noutra aventura, certamente usaremos estes novos sistemas”, alertou, enfatizando que as forças iranianas dependem integralmente de armamento produzido internamente.
O ministro acrescentou ainda que os mísseis iranianos provocaram “perdas pesadas” a Israel durante o conflito recente, devido ao enfraquecimento das defesas israelitas, com taxas de intercetação iniciais de 40% a caírem para 10% no final. “As nossas táticas melhoraram à medida que os sistemas de Israel enfraqueciam”, afirmou.
Reações de Israel e dos EUA
As declarações de Nasirzadeh surgem depois do chefe militar israelita ter afirmado, no início do mês, que o exército está preparado para lançar novos ataques contra o Irão. Israel considerou o conflito de junho como uma operação preventiva bem-sucedida que neutralizou uma ameaça existencial.
Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na terça-feira a um programa de rádio que ele e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, devem ser considerados heróis de guerra pelos ataques que alegadamente destruíram o programa nuclear iraniano. Trump afirmou que bombardeiros norte-americanos “obliteraram” três instalações a 22 de junho — uma alegação contestada pelas autoridades iranianas — e descreveu como premiou os pilotos na Sala Oval, qualificando a missão de “perfeita”.