A Google apresentou esta quarta-feira a série Pixel 10, composta por quatro modelos de smartphone. Porém, um deles não vai chegar a Portugal: o dobrável Pixel 10 Fold. No mercado europeu, só França é que vai ter à venda este smartphone.

A empresa recorre à fórmula habitual para estes lançamentos: atualizações na função de fotografia e mais truques do Gemini, o nome-chapéu para as ferramentas de inteligência artificial (IA).

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Tanto o Pixel 10 como o 10 Pro têm um ecrã de 6,3 polegadas. O XL é, como o nome indica, o maior, com um ecrã de 6,8 polegadas. Vão distinguir-se também pelas câmaras e autonomia da bateria, com as capacidades mais avançadas a ficarem reservadas para os Pro e para o XL.

Nas câmaras, o Pixel 10 foi atualizado para incluir uma teleobjetiva de 5x e um zoom de alta resolução até 20x, para obter fotografias com mais detalhes, mesmo que sejam captadas a longas distâncias. Este modelo inclui um sistema de câmara tripla, com uma câmara com um sensor de 48 MP (megapíxeis), outra ultrawide de 13 MP e ainda uma lente com 10,8 MP.

O Pixel 10

Nos modelos Pro, é usado um sistema diferente, mas também triplo, composto por uma câmara com 50 MP, outra de 48 MP (ultrawide com macro) e outra de 48 MP com teleobjetiva de 5x. Estes smartphones vão permitir tirar fotografias com um zoom de até 100x.

No vídeo, os modelos Pro permitem captar vídeo de 8K, com 24/30 frames por segundo, enquanto o Pixel 10 se fica pela gravação em 4K, nas opções 24/30/60 frames por segundo.

Diferenças à parte, os três modelos da série têm o mesmo processador G5, desenvolvido pela Google, que vai fazer funcionar as ferramentas de IA. Segundo a empresa, o processador é “34% mais rápido” que o antecessor. Uma das novidades deste ano é a possibilidade de ter a IA a dar sugestões de como tirar uma fotografia. Chama-se assistente de câmara e vai, por exemplo, dar sugestões de enquadramento, ângulo ou de iluminação para captar uma imagem mais interessante.

Outra novidade é a função “melhor take” automática. O “melhor take” já existia noutros modelos Pixel e permite juntar várias fotografias semelhantes para garantir que ninguém está de olhos fechados ou com uma expressão estranha. Só que, noutras versões, o “melhor take” tinha de ser usado posteriormente. A partir de agora, o telefone vai captar várias imagens seguidas e a junção é feita automaticamente e apresentada ao utilizador. A ferramenta “adiciona-me”, que permite ao fotógrafo também aparecer na imagem (sendo a fusão de imagens feita pela IA), também tem uma atualização. Agora vai ser possível incluir o fotógrafo em grupos maiores.

Google Pixel 10

Google

Na edição, a tecnologia Gemini vai possibilitar pedidos de ajuda em linguagem natural para a edição de uma imagem. Por exemplo “retira as pessoas que estão no fundo” ou “ajusta o enquadramento”.

Estes Pixel vão também ser compatíveis com o Pixelsnap, uma nova tecnologia magnética incorporada, que vai permitir encaixar carregadores, suportes e outros acessórios. É uma espécie de resposta à tecnologia MagSafe da Apple. O Pixelsnap permitirá ter um carregamento sem fios Qi2 com velocidades de até 25W, explica a Google. Foram anunciadas capas compatíveis, um carregador e suportes.

Pixel 10, Pixelsnap

Google

Os Pixel 10 são os primeiros equipamentos da Google com uma tecnologia magnética chamada Pixelsnap

Os preços de lançamento vão ser os mesmos dos antecessores da série 9. Assim, em Portugal, o alinhamento será o seguinte:

  • Pixel 10: 919 euros (versão de 128 GB) ou 1.019 euros (versão 256 GB)
  • Pixel 10 Pro: entre 1.119 euros (versão 128 GB) a 1.619 euros (1 TB)
  • Pixel 10 Pro XL: de 1.329 euros (versão 256 GB) a 1.719 euros (1 TB)

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Os Pixel incluem uma subscrição de um ano do plano Google AI Pro, o que permite o acesso prioritário aos modelos de IA mais recentes da empresa. Este ano, a empresa promete mais sete anos de atualizações de software (Pixel Drops).

A Google vai também estrear uma interface de utilizador nestes Pixel, com o nome Material 3 Expressivo. Além de mudanças nas animações, vai ser possível ter fundos no telemóvel mais personalizados e adaptáveis às notificações ou widgets que tem no telefone.

A gama de smartwatches da Google passa a ter mais um membro, o Pixel Watch 4. Nesta quarta geração foram feitos ajustes à área de ecrã, já que a “moldura” no mostrador do relógio foi reduzida. Também há mexidas na luminosidade, com o ecrã a chegar agora aos 3000 nits de brilho, para facilitar a vida no exterior.

A capacidade da bateria também cresceu e fica a promessa de até 40 horas de autonomia e carregamento 25% mais rápido.

Também no relógio há uma forte presença do Gemini, que pode ser acionado apenas com um levantar do pulso. Desta forma, o Gemini pode responder a questões rápidas ou a dar sugestões de respostas rápidas se receber um SMS.

Google Watch 4

Google

Pixel Watch 4

Mas não é só aqui que haverá IA. Na atividade física, permitirá detetar melhor o tipo de atividade que está a praticar e, em conjunto com a aplicação Fitbit, analisar os dados recolhidos pelo relógio para sugerir treinos — quase como ter a IA como personal trainer.

O smartwatch vai estar disponível em dois tamanhos, 41 e 45 milímetros. O modelo mais pequeno arranca nos 399 euros (versão apenas wi-fi), enquanto o modelo de 45 mm custará 449 euros. A versão LTE é um exclusivo da Vodafone, com preços de 499 euros (41 mm) ou 549 euros (45 mm).

A apresentação Made by Google também traz novidades no segmento dos auriculares, com o lançamento de dois modelos: os Buds 2a, um modelo mais barato que os topo de gama Buds Pro 2.

Além das habituais atualizações sobre a autonomia da bateria e promessas de um áudio mais adaptado ao nível de ruído, outra das novidades são as novas formas de interagir com a IA Gemini e os gestos.