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O arquiteto Nuno Portas, pai do antigo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, morreu aos 90 anos. A morte foi confirmada no Facebook pela ex-mulher e mãe de Miguel e Paulo Portas, Helena Sacadura Cabral: “Foi com pesar, que tomei conhecimento da morte de Nuno Portas, pai dos meus dois filhos. Apesar de há muitos anos termos seguido caminhos diferentes, compartilhamos uma parte importante da vida e, acima de tudo, a dádiva de sermos pais de pessoas incríveis.”
Helena Sacadura Cabral deseja que o falecido Nuno Portas “encontre paz, e que a memória do que foi bom siga viva no coração de quem o amou.” O Presidente da República recorda Nuno Portas “uma das personalidades mais visionárias e brilhantes da vida académica, cultural, política e social da resistência de inspiração católica dos anos 50, 60 e 70 do século passado”.
Numa nota de condolências publicada na página da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa refere que Nuno Portas “foi notável como arquiteto, como professor, como urbanista, como animador de movimentos artísticos, culturais em geral, cívicos, políticos e sociais”, mas sublinha a sua “personalidade visceralmente solitária”, e a sua “dedicação à comunidade”.
Em declarações à Rádio Observador, o Bastonário da Ordem dos Arquitetos Avelino Oliveira, que revelou ter sido aluno de Nuno Portas, presta a sua homenagem a “uma das, senão a maior referência do urbanismo português após o 25 de abril”, não só por causa daquilo que produziu, “mas a influência que teve e continua a ter em todos os outros urbanistas”. Num dia em que a “arquitetura nacional está de luto”, Avelino Oliveira destaca as várias obras que escreveu e políticas que liderou para influenciar o mundo do urbanismo a uma escala global. “Marcou o desenvolvimento territorial”, acrescenta.