O neonazi Sven Liebich autodeclarou-se como uma mulher e será enviado para a penitenciária feminina de Chemnitz, na Saxónia, de acordo com o jornal alemão FAZ. O condenado pela justiça alemã aproveitou-se de uma política recente, implementada por Olaf Scholz no ano passado, que simplificou o processo de mudar de nome e género em documentos oficiais, uma medida voltada para a população transgénero.
BREAKING NIUS: Neonazi Sven Liebich hat auf Grundlage des schrecklichen Selbstbestimmungsgesetzes sein Geschlecht ändern lassen und will jetzt als Frau Svenja Liebich angesprochen werden. Nahezu alle Medien haben vor diesem Irrsinn gekuscht, weil sie entweder eingeschüchtert sind… pic.twitter.com/u1v5jOAscV
— Julian Reichelt (@jreichelt) August 19, 2025
Sven Liebich foi condenado em julho de 2023 por vários crimes, incluindo calúnia e incitamento ao ódio. O homem é classificado pelos serviços secretos da Saxónia como “membro da extrema direita”. Entretanto, Liebich mudou oficialmente de género e chama-se agora Marla-Svenja nos seus documentos oficiais. Desde o novo registo, o neonazi aparece a vestir roupas femininas e um bigode. Liebich também apresentou um pedido para cumprir a sentença numa penitenciária feminina para “evitar” a discriminação por parte dos detidos homens.
Contudo, o promotor Dennis Cernota explica que antes de entrar no presídio de Chemnitz, Liebich será entrevistado para verificar se está apto para ser colocado entre as prisioneiras mulheres ou se representa um risco para as outras detidas. Se este for o caso, o condenado ainda poderá ser novamente transferido.
A notícia da transferência de Liebich para um presídio feminino vem depois de, em janeiro, oficiais alemães afirmaram que o sistema penal ainda considerava o neonazi um homem em termos legais, apesar do seu novo status civil. “A pessoa física legal permanece. Uma mudança no status da lei civil tem importância secundária”, disse um oficial.
Anteriormente a legislação, datada de 1981, considerava a transidentidade uma doença mental e obrigava as pessoas que desejassem mudar de género a passar em dois testes psicológicos e, em particular, a responder a perguntas muito íntimas sobre a sua sexualidade. Com a reforma, mudar de género na Alemanha ficou mais simples, sendo pedida apenas uma declaração às autoridades, sem a revisão de um juiz. Contudo, não é permitida a mudança frequente de género: há um período de um ano em que não se pode voltar a mudar de sexo nos documentos.
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