É mais uma situação lamentável no futebol. O jogo entre o Independiente e Universidad de Chile, em Buenos Aires, a contar para os oitavos de final da Taça Sul-Americana foi cancelado aos 62 minutos depois de fortes confrontos entre adeptos nas bancadas.
As imagens são, aliás, esclarecedoras: são cenas chocantes e doentias de pancadaria entre os adeptos, o que resultou para já em três pessoas mortas e uma mais a luta pela vida.
Não há inocentes, de resto. Os adeptos chilenos começaram os confrontos, provocando a interrupção do jogo, e os ultras do Independiente reagiram com agressões brutais contra os adversários em menor número.
Mas vamos por partes.
O resultado marcava 1-1 quando a partida foi cancelada pela CONMEBOL. Segundo a imprensa local, tudo começou quando alguns adeptos da formação chilena arremessaram petardos, fezes, urina e cadeiras em direção aos adeptos da equipa argentina, que se encontravam na bancada por baixo.
O jogo foi então interrompido e o sistema sonoro do recinto avisou que só seria retomado após a saída dos adeptos da equipa visitante. As portas foram abertas, para que os chilenos saíssem, o que permitiu que os ultras do Independiente entrassem pela bancada da equipa visitante.
Nessa altura, já muitos adeptos da Universidad do Chile tinham abandonado o recinto, pelo que os chilenos estavam claramente em menor número do que os ultras do Independiente, que jogavam em casa.
Os ultras acabaram por provocar violentas agressões. Adeptos da Universidad de Chile foram obrigados a despir toda a roupa (que no fim deixaram pendurada nas redes que separam as bancadas do relvado), sendo também agredidos com cabos de vassouras, pedras, murros e pontapés.
Um adepto chileno desesperado saltou da bancada na tentativa de fugir aos confrontos.
Segundo o jornal La Nacion, 177 homens, cinco menores e três mulheres ficaram feridas e 125 pessoas foram presas. A mesma fonte avança ainda que a polícia de Buenos Aires deteve 300 pessoas.
As imagens que se seguem podem ferir a suscetibilidade dos leitores.