O Agni-5 é um dos vários mísseis balísticos de curto e médio alcance produzidos pela Índia com o objetivo de reforçar a postura de defesa contra o Paquistão e a China.
O míssil foi lançado com sucesso no estado indiano de Odisha, no leste do país, e as autoridades afirmaram que “validou todos os parâmetros operacionais e técnicos”.
Foto: EPA (Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia)
Muito atento está o Paquistão, o grande rival da Índia que também possui armas nucleares.
Três meses depois de declarado o cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão (no conflito que colocou o mundo à beira de uma guerra nuclear), o anúncio deste “sucesso” também acontece após a visita oficial do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, à Índia.
Sendo as duas nações mais populosas do mundo, Índia e China são rivais na influência que querem ter em todo o sul da Ásia.
As relações entre os “dois gigantes” esfriaram muito em 2020 após um confronto mortal na fronteira dos dois países. No entanto, aquilo que a sede de poder separa volta a unir-se por causa de Donald Trump.
Apanhados no comércio mundial e na turbulência geopolítica desencadeada pelas tarifas do presidente dos EUA, Nova Deli e Pequim têm feito uma reaproximação. Foto: EPA
A Índia e a China concordaram na terça-feira retomar os voos diretos e intensificar os fluxos comerciais e de investimento.
Ambos também pretendem criar um grupo de trabalho para coordenar assuntos
fronteiriços, a fim de avançar nas negociações de demarcação de
fronteira.
Após o encontro com o ministro chinês, o
primeiro-ministro indiano escreveu no X palavras de ânimo. “Relações
estáveis, previsíveis e construtivas entre a Índia e a China
contribuirão significativamente para a paz e prosperidade regional e
global”.
Em outubro de 2024, o primeiro-ministro indiano encontrou-se com o líder chinês, Xi Jinping, pela primeira vez em cinco anos, numa cimeira na Rússia.
Narendra Modi deverá visitar a China ainda este mês, pela primeira vez desde 2018, para participar na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, um bloco de segurança regional.
Foto: AFP (arquivo)
Quem liderou a equipa de cientistas do Agni-5 foi Tessy Thomas, a primeira mulher cientista a liderar um projeto de mísseis na Índia.