A situação ocorreu recentemente num dos muitos autocarros que cruzam as estradas portuguesas: uma passageira abordou o motorista durante a viagem pedindo-lhe a chave da casa de banho, uma vez que esta se encontrava fechada. Pedindo-lhe desculpa, o motorista comunicou-lhe que a casa de banho não estava a funcionar.

“Mas eu preciso de lá ir”, disse a passageira. “Pode então fazer uma paragem numa estação de serviço?”. “Entendo, mas não tenho ordem para parar, este autocarro é direto entre o Porto e Lisboa”, respondeu o motorista. “Não, não entende, eu tenho mesmo de ir à casa de banho!”, ripostou a passageira.

Este caso, testemunhado pelo Expresso, acabou por ser resolvido com o motorista a ceder à pressão dos passageiros – entretanto outros fizeram o mesmo pedido – e a informar que iria fazer uma paragem numa estação de serviço por compreender as necessidades que lhe estavam a ser comunicadas. Do Porto a Lisboa, são 3h15 horas se o percurso for feito sem paragens. Os passageiros agradeceram e o autocarro continuou a marcha, acabando por chegar ao destino ligeiramente atrasado. O caso ilustra um problema que está a ocorrer com alguma frequência nos autocarros de longo curso em Portugal e a fazer avolumar as queixas dos passageiros: a dificuldade de acesso às casas de banho.

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