Um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse esta semana à AFP que “foi tomada uma decisão preliminar para destruir certos” produtos contracetivos de “contratos rescindidos relativos à era Biden, sob a alçada da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)”.

A USAID, agência de ajuda externa do país, foi desmantelada pela administração de Donald Trump quando este regressou ao cargo em janeiro.

De acordo com o plano, cerca de 9,7 milhões de dólares em implantes e DIUs armazenados na Bélgica deverão ser incinerados em França.

O plano norte-americano gerou indignação em organizações não governamentais globais de saúde, tendo os Médicos Sem Fronteiras denunciado o “desperdício insensível”. “É inconcebível pensar que estes produtos de saúde serão queimados quando a procura por eles a nível global é tão grande”, disse Rachel Milkovich, do escritório da organização nos EUA.

O porta-voz do Departamento de Estado disse que a destruição custará 167 mil dólares e que “nenhum medicamento ou preservativo para o VIH está a ser destruído”.

A Médicos Sem Fronteiras afirma que outras organizações se ofereceram para cobrir os custos de envio e distribuição dos mesmos, mas que o governo norte-americano recusou.