Como o recinto é contíguo à vila de Vilar de Mouros, o grande rebuliço acontece no seu centro, sem grandes pressões para se entrar. Enquanto o festival não abria as portas, o Café Reboleira fervilhava de festivaleiros – top de vendas: combinação de um frango e uma litrosa a 12 euros. Como os punks são sempre antissistema, um grupo de cristas coloridas e de tronco nu, vindo da Azambuja, furou o top: “Ó amor, pede-me aí uma Sommersby fresquinha”.

Uns metros à frente, Geno Barbeiro, na sua carrinha ambulante, com um autocolante do icónico António Variações, cortava o cabelo a Miguel, de 11 anos. “O ano passado já cortei aqui também, agora quero fazer uma crista e pintar de azul”, diz o petiz armado em punk. O pai não concorda: “Ele já é colorido que chegue”. Geno diz que também não tem cores.

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