Ao todo, foram realizados 50 mil metros de sondagens, “algo nunca antes feito em Portugal”, garantiu fonte da empresa britânica.

“Os dados confirmam a elevada qualidade do minério, abrindo a porta a uma possível maior quantidade de lítio do que o inicialmente estimado”, acrescentou.

Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres (Reino Unido), a Savannah Resources sublinhou que “os resultados da perfuração consolidaram a confiança na continuidade da mineralização de lítio em todos os depósitos”.

“O programa destacou novamente a região como uma província de lítio de classe mundial, com muitos pegmatitos aflorantes conhecidos a permanecerem inexplorados”, acrescentou.

A mesma nota aponta que “todos os depósitos apresentam mineralização contínua de lítio a profundidades para além dos limites das cavas mineiras propostas, definidas no Estudo de Âmbito de 2023, o que indica um potencial adicional para o futuro”.

Citado no comunicado, Dale Ferguson, diretor técnico da Savannah Resources, referiu que os resultados “confirmam o teor e a consistência da mineralização de lítio em todos os depósitos” analisados no Barroso. E que ficou “reforçado o entendimento do mercado de que este projeto também tem um grande potencial a longo prazo”.

O próximo passo é agora o “cálculo dos recursos melhorados”. A conclusão desta fase está prevista para as próximas semanas, já durante o mês de setembro.

As sondagens de lítio no Barroso, que tiveram início em 2017, foram as maiores de sempre em território nacional.

Ao todo, efetuaram-se “interseções de até 67 metros com teores máximos de 1,82% de óxido de lítio no depósito do Pinheiro, valores compatíveis com os melhores projetos de exploração de lítio do Mundo”.

A Savannah estima que o lítio retirado em Boticas possa contribuir para abastecer “pelo menos meio milhão de baterias para veículos por ano”, a partir de 2027.