Em nota oficial emitida nesta quinta-feira (21/08), a Diretoria de Vigilâncias em Saúde (DVS) descartou a hipótese de surto de sarampo em escola da cidade. O órgão da Secretaria Municipal da Saúde encerrou a investigação a partir do recebimento dos laudos analisados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e da análise de outros critérios técnicos como a situação vacinal dos casos comunicados e o histórico de viagens dos pacientes, tendo sido identificado outro agente infeccioso, o parvovírus B19 (PV B19). “Ambas causam manchas vermelhas pelo corpo (exantema), mas são doenças diferentes em causa, evolução e gravidade”, destaca a Diretora da DVS, enfermeira Andréa Santos, informando que as famílias dos pacientes, assim como a instituição de ensino, já foram devidamente orientadas a respeito da apuração.

Enquanto o sarampo é uma doença infecciosa aguda e de alta transmissibilidade, de notificação obrigatória e que pode levar a hospitalização e óbito, o parvovírus é geralmente leve, ocasionando febre baixa ou até ausência de febre, mal-estar leve, sendo considerada uma doença benigna e autolimitada. “O PV B19 oferece mais riscos em imunodeprimidos, gestantes e pessoas com doenças hematológicas”, destaca a profissional da saúde. Ao longo de 2025, seis casos suspeitos de sarampo foram analisados no município, todos descartados após investigação da grade viral. “A principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, ferramenta ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as indicações do calendário nacional de imunização de rotina”, resume Andréa.  

 

PREVENÇÃO E BUSCA POR ATENDIMENTO

Os imunizantes que protegem contra o sarampo é a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). O parvovírus, por sua vez, não possui tratamento ou vacina específicos, foi identificado como o agente etiológico do eritema infeccioso ou quinta doença, assim chamada por ser a quinta das doenças exantemáticas clássicas da infância – sarampo, rubéola, exantema súbito (HV6), escarlatina e eritema infeccioso. O período de incubação varia de 4 a 14 dias desde a infecção até os sintomas inespecíficos iniciais. As medidas de prevenção e controle do PV B19 incluem a higienização frequente das mãos, afastamento de infectados pela doença, lavagem diária de vestimentas e roupas de cama dos doentes, assim como a higienização de brinquedos, superfícies e objetos usados pelos contaminados. A principal orientação da Secretaria Municipal da Saúde é de que os usuários procurem atendimento médico caso apresentem sintomas suspeitos de sarampo ou eritema infeccioso. Confira mais informações sobre as doenças e medidas de cuidados no comunicado oficial da DVS em anexo.

 

RECOMENDAÇÕES GERAIS DA SAÚDE 

– Procure atendimento médico caso apresente sintomas suspeitos de sarampo ou eritema infeccioso

– Mantenha a vacinação em dia para sarampo

– Adote medidas de higiene para evitar a transmissão de doenças virais 

– Informe-se nas unidades de saúde sobre campanhas de vacinação e orientações

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