Repórter: Thallysson Alves / Ascom HGE
Repórter Fotográfico: Thallysson Alves / Ascom HGE

José Petrúcio dos Santos sofreu um AVC do tipo isquêmico e teve acesso a reabilitação, ainda durante o tratamento, realizado na Unidade de AVC do HGE

O alagoano José Petrúcio Gomes dos Santos, de 65 anos, estava em uma loja de construções, em Marechal Deodoro, quando começou a se sentir mal. Vômitos, dores de cabeça e fala embolada motivaram a suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que fez a sua esposa levá-lo imediatamente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. A doença foi confirmada e a transferência para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, foi necessária, onde sua saúde foi restabelecida e, graças à reabilitação, ele já faz até caminhadas.

O HGE possui a primeira Unidade de AVC implantada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que foi o destino de José Petrúcio no dia 6 de junho deste ano. Além dos médicos, uma equipe multidisciplinar assistiu o pai de família durante todo o período de internação, que incluiu a realização de exames investigatórios, como tomografia computadorizada e testes laboratoriais. A ordem é iniciar precocemente o processo de reabilitação, devolvendo movimentações antes mesmo da volta para casa.

“O atendimento foi muito bom. Foi rápido. Fizeram exames em mim. Fiquei por lá uma semana e depois voltei para casa praticamente recuperado. Agora, eu estou seguindo com as recomendações, tomando as minhas medicações, fazendo a minha caminhada, tentando não viver de novo esse susto que foi o risco de perder a vida”, disse José Petrúcio, que reside no bairro Massagueira, em Marechal Deodoro.

Hoje, José Petrúcio dos Santos está em casa, seguindo com as recomendações médicas que incluem a prática de atividade física

Importância da reabilitação precoce
A fisioterapeuta do HGE, Patrícia Fernandes, explica que a reabilitação precoce do paciente com AVC é iniciada após 24 horas de início dos sintomas, com a integração de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Psicologia. O objetivo principal é auxiliar na recuperação da autonomia nas atividades cotidianas, como alimentação, higiene, locomoção e comunicação.

Por meio desta iniciativa, segundo Patrícia Fernandes, são minimizados os impactos físicos, cognitivos e emocionais causados pelo AVC. Entre estes impactos estão a paralisia, dificuldade de fala, problemas de memória e depressão. A assistência efetiva e eficiente também ajuda o paciente a recuperar a funcionalidade e a readaptação à vida diária, contribuindo para um maior bem-estar e autoestima.

“O objetivo principal é retirar o paciente o quanto antes do leito. Quando conseguimos a alta hospitalar, nós o orientamos sobre o uso de alguns dispositivos, como cadeira de rodas, cadeira de banho e muleta. Também encaminhamos para um serviço de referência, onde ele haja continuidade do tratamento”, explica a fisioterapeuta do HGE.

 A fisioterapeuta do HGE, Patrícia Fernandes, lembra que combater o sedentarismo é uma forma de evitar doenças cardiovasculares, como o AVC

Independência

Contudo, José Petrúcio segue o seu esforço em recuperar a sua rotina, respeitando as limitações causadas pela doença, conforme orientação médica. Ele é estimulado a se manter o mais independente possível, cumprindo com tarefas diárias. E está ainda mais atento aos seus fatores de risco, que são: diabetes, hipertensão e dificuldade em manter uma dieta balanceada.

“É muito importante que o paciente que teve AVC estabeleça uma rotina de atividade física. Tanto ela vai ajudar no tratamento, quanto na prevenção de um novo evento, já que esse paciente fica suscetível, e no controle de pressão arterial, frequência cardíaca, diabetes e nas dislipidemias”, acrescentou a fisioterapeuta. 

O Acidente Vascular Cerebral isquêmico causa danos neurológicos graves, mas, com o diagnóstico e tratamento em tempo oportuno, as sequelas podem ser evitadas

Alerta

E em caso de confusão mental, alteração da fala ou compreensão, alteração na visão, dor de cabeça súbita, alteração no equilíbrio (inclusive na coordenação motora e tontura), além de fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (rosto, braço ou perna), é necessário acionar imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Caso seja possível, a pessoa pode procurar a unidade de emergência mais próxima ou ser levada por alguém.

Todas as unidades de porta de entrada da Sesau, como as UPAs, contam com o Programa AVC Dá Sinais, que utiliza a telemedicina para conectar especialistas aos casos suspeitos. Deste modo, o diagnóstico e o acesso aos centros especializados são agilizados, uma vez que a Sesau conta, também, com Unidades de AVC no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, e no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.