No universo do thrash, poucas bandas conseguiram erguer um legado tão sólido quanto o Slayer. Com quase quatro décadas de atividade, discos históricos como “Reign in Blood” (1986) e uma reputação de ferocidade inabalável, o grupo se tornou referência definitiva para o metal extremo. Mas antes de inspirar gerações, os próprios músicos do Slayer também tiveram seus heróis, e, em especial, um quinteto britânico que lhes mostrou o caminho.

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Foto: gregorylee @ www.depositphotos.comFoto: gregorylee @ www.depositphotos.com

Ao listar para a Team Rock os dez álbuns que mudaram sua vida, o baterista Dave Lombardo citou o “British Steel” (1980), do Judas Priest. “Esse disco continua se sustentando incrivelmente bem após todos esses anos. Isto é puro heavy metal. Ele tem o som, os riffs, as harmonias, os vocais, a ferocidade com que Rob Halford canta. O álbum inteiro tem essa vibração de ‘aqui estou eu, e você vai me ouvir’. É disso que se trata o metal.” Para Lombardo, aquele registro sintetizava tudo que o estilo poderia oferecer: peso, melodia, identidade e – acima de tudo – a sensação de pertencimento a algo maior.

Do outro lado da banda, Kerry King assume o impacto do Judas Priest em sua própria formação. Depois de ouvir “Breaking the Law’ no rádio, ele mergulhou de cabeça na discografia: “Unleashed in the East”, “Hell Bent for Leather”, “Stained Class”, até absorver completamente o DNA metálico dos ingleses.

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“O Priest dizia: ‘Nós somos metal, estamos orgulhosos disso e esperamos que vocês também estejam’. E isso foi fundamental pra mim. É justo dizer que não haveria Slayer sem Judas Priest. Talvez não tenha sido nossa única inspiração, mas foi a principal faísca. Se eu nunca tivesse ouvido ‘Breaking the Law’, talvez nem tivesse seguido esse caminho.”

Nos primeiros ensaios do Slayer, King e Jeff Hanneman chegavam a dividir os papéis como se estivessem dentro da própria banda inglesa: Jeff assumia as partes de K.K. Downing, enquanto Kerry replicava os solos de Glenn Tipton. “Tocamos um monte de coisas antigas. ‘Beyond the Realms of Death’, por exemplo, tem meu solo favorito do Glenn. Nunca tocamos ao vivo, mas ensaiávamos metade da música só porque amávamos.”

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O relato dos dois mostra como o Judas Priest não foi apenas mais uma influência, mas um ponto de convergência. Lombardo encontrou em “British Steel” a afirmação definitiva do heavy metal, enquanto King enxergou ali a fagulha que mudaria sua vida e acabaria moldando o Slayer. Afinal, antes do thrash, antes do caos e do sangue nos palcos, havia Rob Halford urrando em cima de riffs cortantes.

E tanto Kerry King quanto Dave Lombardo jamais deixaram de reconhecer: se o Slayer pôde mudar o metal, foi porque um dia o Judas Priest mostrou como o metal podia mudar o mundo. No fim das contas, a banda mais rápida, brutal e satânica do thrash nasceu porque quatro garotos da Califórnia um dia ouviram Rob Halford gritar “Breaking the Law”. O resto é história.

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