“A decisão do Comité Superior de Planeamento de Israel de aprovar planos de colonatos a construção na zona E1, a leste de Jerusalém, é inaceitável e constitui uma violação do Direito internacional”, escrevem os signatários num comunicado conjunto subscrito também pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Os chefes da diplomacia europeus dizem ainda condenar esta decisão e apelam à sua “reversão imediata nos termos mais veementes”.
O comunicado surge depois de, na quarta-feira, Israel ter aprovado um polémico plano para construir mais bairros nos territórios da Cisjordânia, ampliando assim a área habitacional israelita.
O plano prevê a construção de 3.400 habitações que impedirão o acesso à cidade a partir da Cisjordânia ocupada, dificultando o estabelecimento de um Estado palestiniano contíguo.
O ministro das Finanças e colono israelita Bezalel Smotrich (extrema-direita) confirmou a decisão da Administração Civil israelita, dizendo que “apaga na prática a ilusão de dois Estados e consolida o controlo do povo judeu sobre o coração da Terra de Israel”.
Portugal, com 20 países (🇦🇺🇧🇪🇨🇦🇩🇰🇪🇪🇫🇮🇫🇷🇮🇸🇮🇪🇮🇹🇯🇵🇱🇻🇱🇹🇱🇺🇳🇱🇳🇴🇸🇮🇪🇸🇸🇪🇬🇧) condena a decisão israelita de aprovar planos para a construção de colonatos na zona E1, a leste de Jerusalém. É uma violação inaceitável do direito internacional. Apelamos veementemente à sua revogação imediata.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) August 21, 2025
No comunicado conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da União Europeia reagiram a estas declarações. “O ministro Smotrich diz que este plano tornará impossível uma solução de dois Estados, dividindo qualquer Estado palestiniano e restringir o acesso palestiniano a Jerusalém. Isto não traz benefícios para o povo israelita”, avisam.
Em vez disso, advertem, a expansão dos colonatos “corre o risco de minar a segurança e de fomentar mais violência e instabilidade, afastando-nos ainda mais da paz”.
O comunicado refere que “o Governo de Israel ainda tem a oportunidade de impedir” que o plano E1, como é designado, “vá mais longe”.
“Encorajamo-los a retirar urgentemente este plano”, pedem os chefes da diplomacia. “A ação unilateral do Governo israelita mina o nosso desejo coletivo de segurança e prosperidade no Médio Oriente”.
A posição conjunta, que foi publicada nas redes sociais do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, é assinada pelos ministros da Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Eslovénia, Espanha, Suécia e Reino Unido.
c/ Lusa