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O projeto europeu Cool Noons pretende reduzir o impacto do calor extremo em visitantes e residentes das cidades mediterrânicas. Com coordenação científica da Universidade de Coimbra (UC), o programa decorre até setembro de 2026 e envolve cinco cidades, entre elas Lisboa.
Na capital portuguesa, a investigação está a ser desenvolvida em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, através de um estudo-piloto que avalia a eficácia dos chamados “caminhos frescos”, percursos urbanos com jardins e zonas de sombra que tornam mais agradável a experiência de residentes e turistas.
Os investigadores da UC têm acompanhado a recolha de dados relativamente aos impactos da temperatura do ar sobre os visitantes da cidade e aos benefícios destes “caminhos frescos”, junto de turistas e residentes. Posteriormente, vão coordenar a avaliação científica das intervenções de teste a serem implementadas.
Em análise estão cinco cidades europeias, incluindo Lisboa, onde está a decorrer um estudo-piloto para potenciar os chamados “caminhos frescos”, neste caso, percursos em que a existência de jardins e de sombra proporcionam uma experiência mais agradável a residentes e turistas. A equipa da UC espera que este projeto possa contribuir para pensar o futuro das cidades.
“Com as ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes, as cidades enfrentam um cenário de risco para o turismo e para qualidade de vida urbana, em particular, as atividades ao ar livre, como é o caso das atividades turísticas ou de lazer”, contextualiza a equipa de investigação da UC, que é liderada pela docente da Faculdade de Letras (FLUC) e investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), Ana Maria Caldeira.
O convite para integrar este projeto europeu surgiu a partir da investigação de doutoramento de Ana Maria Caldeira, em que rastreou percursos de hóspedes de hotéis em Lisboa e encontrou evidência científica de que o aumento da temperatura máxima diária tem impacto negativo sobre a experiência e satisfação dos participantes no estudo. Agora, com o projeto Cool Noons, “temos a oportunidade de transformar a ciência em ação, testando soluções de adaptação às ondas de calor para todas as pessoas que vivem nestas cidades, residentes e visitantes”, sublinha a coordenadora do projeto em Portugal.
Os cientistas sublinham ainda o papel vital dos espaços verdes, que “podem funcionar como refúgios de frescura em áreas urbanas severamente afetadas por ondas de calor, oferecendo não apenas uma experiência cultural e paisagística única, mas também condições para reduzir o desconforto térmico de visitantes e residentes”.
“Esperamos que os resultados do Cool Noons possam contribuir para a adaptação destas cidades às alterações climáticas, como também em fornecer exemplos de iniciativas replicáveis em outras cidades do Mediterrâneo e de outras geografias que enfrentam desafios semelhantes”, rematam.
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