Seis homens, munidos de distintivos e coletes com a inscrição “Polícia Judiciária” e de mandados de busca falsos, ficaram com 430 mil euros de seis empresários da região Norte em pouco mais de dois meses, avança o Correio da Manhã (CM).

As vítimas, que acreditavam ser alvo de buscas legítimas, entregaram voluntariamente os bens que tinham em casa. O grupo será julgado em Setembro, no Tribunal de Guimarães, pelos crimes de sequestro, burla, usurpação de funções, abuso de designação, falsificação de documentos e associação criminosa.

Dois dos arguidos encontram-se em prisão preventiva. Um terceiro, apontado como “o cérebro do esquema”, embora não tenha participado directamente nos assaltos, foi detido em França pelas autoridades locais e deverá ser extraditado para Portugal nos próximos dias.

Segundo o CM, um dos elementos, que foram “recrutados para executar os assaltos”, tinha estado em prisão durante seis anos por tráfico de droga.

O primeiro roubo ocorreu a 25 de Junho do ano passado, em Fafe, relata o CM. As vítimas foram um casal de empresários, que acreditou estar a ser investigado por suspeitas de tráfico de diamantes e armas. Impedidos de contactar o seu advogado pelos falsos inspectores, acabaram por perder jóias avaliadas em 120 mil euros, além de 8 mil euros que foram “apreendidos” na fábrica de confecções do casal.

Seguiram-se outros episódios semelhantes em Santa Maria da Feira, Paredes, Penafiel e Barcelos. Os últimos três assaltos ocorreram no espaço de apenas uma semana, em Setembro de 2024.

A investigação deste caso esteve a cargo da Polícia Judiciária de Braga.