“Treinei apenas duas semanas, pouco mais, a 100%, sem limitações. Mesmo assim estou num ponto de forma física minimamente bom. A recuperação da fratura correu bastante bem mas estive dez ou 11 dias sem tocar numa bicicleta, em repouso total… Não é uma preparação longa, sólida, e são três semanas de prova mas estou confiante. O Vingegaard leva uma equipa muito forte para todos os terrenos mas creio que acaba por favorecer-me porque vão querer assumir a corrida e endurecê-la, o que é bom para mim. Também levamos uma equipa igualmente forte, quase tão forte como a deles. A nossa equipa tem corredores que confiam em mim e sabem o que valho”, salientou, sem grandes destaques para já fora do aguardado duelo entre Visma-Lease a Bike e UAE Team Emirates, que será uma das chaves para decidir a edição de 2025.
We’re delighted to announce our eight-man squad for #LaVuelta25, with @JooAlmeida98 returning to lead the team after injury ????????????????
Offering the team plenty of options in the mountains, co-leader @juann_ayuso will make his third appearance in his home Grand Tour ????️ #WeAreUAE… pic.twitter.com/vbhlmRhxFC
— @UAE-TeamEmirates (@TeamEmiratesUAE) July 29, 2025
“Tenho muita vontade que a Vuelta chegue. Venho para tentar a vitória na classificação geral e com todo o apoio da equipa penso que é um objetivo realista. Há muitas etapas em que se podem marcar diferenças, por isso é importante estar bem logo desde início”, comentou Jonas Vingegaard aos meios da Visma-Lease a Bike. “A vitória na classificação geral é o nosso grande objetivo, não vale a pena estar com rodeios. O Jonas vai ser o nosso líder. Com o Sepp Kuss temos um antigo vencedor, o Matteo Jorgenson também recuperou bem depois do Tour. Com o Wilco Kelderman, o Ben Tulett, o Victor Campenaerts, o Dylan van Baarle e o Axel Zingle, contamos com uma equipa que pode ajudar em qualquer situação. Vamos ter muitas etapas interessantes, incluindo o contrarrelógio por equipas e o individual na 18.ª etapa, além das chegadas a Angliru e à Bola do Mundo [Guadarrama] que são especiais”, acrescentou o diretor Grischa Niermann.
???? The @vismaleaseabike hive arrives with the queen bee ready to claim #LaVuelta25! ????
???? La colmena de @vismaleaseabike llega con una abeja reina que quiere #LaVuelta25! ???? pic.twitter.com/2ErvuIdOlo
— La Vuelta (@lavuelta) August 21, 2025
A 90.ª edição da Volta a Espanha apresenta números em crescendo e com um recorde de 23 equipas entre os 184 corredores. Outras curiosidades: 25 membros da equipa de comissários, 305 meios de comunicação, 575 pessoas a acompanhar os atletas, 900 carros acreditados, cerca de mil jornalistas, fotógrafos e câmaras inscritos, 3.000 pessoas em torno de toda a máquina da organização, 8.000 polícias e demais efetivos de segurança, a expetativa de um milhão de espectadores por etapa em todo o mundo da prova que voltará a ser transmitida pelo Eurosport. E na estrada? 3.186 quilómetros para percorrer em 21 dias – com duas folgas pelo meio – entre quatro países (Itália, França, Andorra e Espanha), dez comunidades autónomas e 18 províncias espanholas. Locais que, em grande medida, João Almeida foi conhecendo ao longo do tempo.
As temporadas do corredor português, que entrou em 2020 no World Tour via Deceuninck Quick-Step e foi a partir de 2022 para a UAE Team Emirates, passaram sempre pelo país vizinho. Mais: em 11 participações em corridas de uma ou três semanas, só por uma ocasião ficou fora do top 10 (na Vuelta do ano passado, que teve de abandonar por doença), terminou seis vezes no pódio e chegou mesmo à vitória final numa edição, neste caso a Volta ao País Basco deste ano. O que falta? Para já, uma posição no top 3 da Vuelta. Para o futuro? Um grande triunfo numa grande volta de três semanas, sendo que Espanha poderá ser esse palco.