O incêndio em Piódão, no município de Arganil, Coimbra, que começou a 13 de Agosto, era o que continuava a mobilizar mais meios este domingo de manhã, segundo a Protecção Civil.
Pelas 8h, estavam no terreno 1.316 operacionais e 445 meios terrestres, sendo o único incêndio activo das ocorrências significativas nos critérios da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).
O incêndio em Pedrógão Grande, Leiria, que começou no sábado e levou à evacuação de algumas aldeias por precaução, encontrava-se de manhã em fase de resolução. “O pior já passou”, disse fonte do comando distrital da GNR de Leiria à Lusa pelas 2h30.
Mesmo assim, continuam no local 671 operacionais com 216 meios terrestres este domingo de manhã
O comando da GNR de Leiria disse à agência Lusa que já foram reabertas ao trânsito todas as vias afectadas pelo incêndio, incluindo a Estrada Nacional n.º 350 (EN350) entre o nó do Outão e Pedrógão Grande. Esta estrada era a que tinha ficado condicionada no sábado à noite, depois da reabertura do Itinerário Complementar n.º 8 (IC8) e a EN2.
Já este domingo de manhã, a ANEPC registou novos incêndios em mato em Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, e em Águas Mortas, Baião, na região do Tâmega e Sousa, que foram rapidamente dominados.
Pelas 8h, registavam-se 30 fogos em Portugal continental, que mobilizavam 2.414 operacionais e 796 meios terrestres, ainda sem meios aéreos a operar.
O risco de incêndio mantém-se máximo ou muito elevado em vários concelhos, sobretudo no interior norte e centro, apesar de a meteorologia prever uma pequena descida da temperatura máxima. O valor máximo deverá ser atingido em Bragança e Évora, com 34 graus Celsius, segundo o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).
A previsão é de períodos de céu muito nublado, com a possibilidade de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do Cabo Raso até ao meio da manhã.
O vento soprará em geral fraco de vários rumos, tornando-se fraco a moderado (até 30 km/h) do quadrante oeste a partir do fim da manhã, soprando por vezes forte (até 40 km/h) nas terras altas a partir da tarde.
Desde Julho que Portugal continental tem sido afectado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão, sobretudo nas regiões Norte e Centro, que já provocaram quatro mortos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de Agosto arderam cerca de 248 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.