Manuel Luís Goucha tem feito algumas revelações sobre a vida pessoal através da rede social Instagram e, desta vez, recordou como conheceu o “senhor Braga”, que foi seu padrasto durante mais de 10 anos.
“Estávamos na praia, na Figueira da Foz, era agosto. Estava a minha mãe, eu e o meu irmão naquele dia, quando vemos a dado momento um senhor vir em direção ao toldo onde nós estávamos. É então que a minha mãe nos diz: ‘portem-se bem, que vem ali um amigo da mãe’ e foi ele quem me emprestou este livro”, começa por contar
“Realmente a minha mãe andava a ler um livro, lembro-me perfeitamente, com uma capa dura, sobrecapa azul com umas figuras impressas. Também me recordo do nome do livro, porque havia uma palavra que desconhecia por completo e ainda levaria alguns anos para saber o seu significado: ‘Nem Só de Caviar Vive o Homem’“, continua.
“Foi assim, naquele dia, que o nosso padrasto entrou nas nossas vidas: o senhor Braga”, atirou.
“Sempre o considerei um intruso…”
“Confesso que não tive uma relação de grande afeto, de grande estima, com este senhor, até porque saí de casa cedo, saí aos 17 anos, o meu irmão continuaria até aos dias de hoje em Coimbra, ele sim tem uma relação muito interessante com ele, até porque tinham paixões comuns, como por exemplo a paixão pela Académica de Coimbra”, confessa.
Em tom de brincadeira revelou que “sempre o considerou um intruso” e que a relação terminaria após 11/14 anos. “Passaram muitos anos, 20/30 anos. Aos sábados, por vezes, ia à Feira da Ladra, não só porque gosto do ambiente, mas porque continuava a existir o Mercado de Santa Clara, que aos sábados servia um belíssimo cozido. Num desses sábados, quando vinha a sair do almoço e viro à direita, há ali uns alfarrabistas com umas bancas de livros – livros velhos, não antigos – expostos no exterior”, relata.
“Naquele sábado passeei o meu olhar pela banca de livros e não é que dou de caras com uma capa que me era familiar? Lá estava um exemplar de ‘Não Só de Caviar Vive o Homem’”, realça, revelando aos seguidores que o livro está na sua cozinha, uma vez que como o protagonista sabia cozinha continha vários livros de receitas.
“Sempre que olho para ele recuo 60 anos, àquela tarde, na praia da Figueira da Foz, naquele dia em que o nosso padrasto entra nas nossa vidas e eu o meu irmão até nos portamos bem”, rematou.
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais
Mostra-se indignado com críticas por não ter filhos: “O meu material genético…”