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Imagens recentes expuseram a dura realidade de Bantar Gebang, em Jacarta, considerado um dos maiores aterros sanitários do planeta. Estima-se que entre 15.000 e 20.000 pessoas vivam no local, onde diariamente chegam cerca de 7.000 toneladas de resíduos provenientes da capital da Indonésia.

O aterro, que ocupa mais de 100 hectares — o equivalente a 200 campos de futebol — e acumula cerca de 45 milhões de toneladas de lixo, tornou-se não apenas depósito de resíduos, mas também local de sobrevivência para milhares de famílias, como mostrou o ‘Unilad Tech’. Muitas crianças, algumas com apenas cinco anos, ajudam os pais a recolher materiais recicláveis para venda.

Conhecidos como pemuling, os catadores de lixo ganham em média entre 2 e 10 dólares por dia, recolhendo desde lixo eletrónico até ossos de animais. Apesar do ambiente insalubre e do risco de acidentes com tratores ou deslizamentos de terra, comunidades inteiras construíram habitações improvisadas à volta da “montanha de lixo”, criando pequenos negócios locais, como vendas de bebidas e cigarros.

As imagens de Bantar Gebang, que se tornaram virais nas redes sociais, provocaram reações de choque em todo o mundo, lembrando a desigualdade social e o impacto do consumo excessivo. Enquanto países como os Estados Unidos apresentam uma taxa de reciclagem de 32% — acima da média global de 19% — apenas 9% dos plásticos gerados mundialmente são reciclados, com o restante a ir parar a aterros como este.

Bantar Gebang – one of humanity’s largest landfills, outside the city of Jakarta, Indonesia.
byu/freudian_nipps inmegalophobia