Ana viveu uma história de amor intensa com aquele que viria a ser considerado o melhor jogador de futsal do mundo, Ricardinho. Conheceram-se cedo e, aos 22 anos, a cantora vivia o que acreditava ser a sua primeira grande paixão. «Fui pedida em casamento», recorda, explicando que um ano depois disse o «sim».
A lua-de-mel depressa se confundiu com os sacrifícios pessoais. Quando o jogador recebeu uma proposta para jogar no Japão, deixou claro que só aceitaria se a mulher o acompanhasse. Ana acabou por deixar a carreira em suspenso. «Durante cinco anos parei a minha vida e fui. Sofri muito, sentia-me inútil, vivi para o sonho daquela pessoa», desabafou.
Ricardinho atingia a glória máxima, consagrando-se o melhor jogador do mundo, mas Ana vivia na sombra desse sucesso. Quando se mudaram para a Rússia, a pressão para constituir família aumentou. «Ele fazia pressão para ter um filho» e, quando aconteceu, Ana afirma: «Só me acompanhou na primeira consulta». A cantora deixou claro que Ricardinho sempre «Pai por telefone» e, até aos dias de hoje, a filha sofre muito com isso.
As discussões tornaram-se inevitáveis e, em 2014, a cantora descobriu a dura realidade do seu casamento.
«O dia do divórcio foi muito difícil porque descobri realidades que me passavam ao lado. Não comia, não conseguia fazer nada, não conseguia cuidar da minha filha. Saí sem nada, perdi a minha casa, não tinha trabalho. Esta pessoa tirou-me o chão», admite.
De regresso a Portugal, tentou reerguer-se, mas confessou sentir-se esquecida: «Quando tentei voltar, ninguém me conhecia já». Apesar de tudo, garante que a filha, fruto da relação, acabou por lhe dar forças para seguir em frente.