O FC Porto goleou este domingo o Casa Pia, por 4-0, em jogo da terceira ronda da I Liga que antecede a deslocação dos portistas a Alvalade, onde a equipa de Francesco Farioli se apresentará como um dos intocáveis do campeonato.

Sem Samu, lesionado em Barcelos, e com Pepê a meter “baixa” de última hora (lesão ocular) – um dos “dragões” em destaque, autor de dois golos nas duas primeiras rondas -, o FC Porto tinha absoluta urgência em resolver um jogo que se adivinhava complicado, frente a um Casa Pia hermético (5x4x1), para se proteger de qualquer imponderável antes do primeiro clássico da Liga, em Alvalade.

Apesar do imprevisto que tirou Pepê do plano de jogo, Francesco Farioli manteve o sistema, apresentando uma novidade na ala direita, com a entrada de William Gomes, abdicando mais uma vez de Rodrigo Mora no “onze” titular, onde surgiu Luuk de Jong pela primeira vez.

Traçadas as coordenadas iniciais, confirmou-se a previsão de um Casa Pia pragmático, ainda que não totalmente submisso, à espreita de uma brecha para chegar à área de Diogo Costa. Mas o guarda-redes portista acabou por não ser importunado no 200.º jogo pela equipa principal do FC Porto, depois de ter conseguido o 100.º triunfo na Liga frente ao Gil Vicente.

William a acelerar

Altamente pressionantes, os portistas testavam continuadamente a resistência do adversário, com William Gomes a agitar o jogo com arrancadas vibrantes. O jovem brasileiro teve, num desses lances, aos 7 minutos, a baliza à mercê, rematando contra o corpo de Patrick Sequeira.

Mas estava dado o sinal de um FC Porto impositivo, paciente e com capacidade para chegar à vantagem, que obteve aos 20 minutos, numa recuperação de Froholdt que Borja Sainz não perdoou. Antes, já Luuk de Jong tinha tentado de várias formas, a mais ameaçadora a desviar na mão de um defesa, em zona de rigor, que a equipa de arbitragem não sancionou.

O FC Porto não ficou a carpir mágoas e William Gomes mostrou que Farioli estava certo ao acreditar na magia do extremo, que num movimento a deslizar da direita para o coração da área fez um fantástico golo de pé esquerdo (25′).

A partir daí, o Casa Pia precisava de um plano B, embora pouco houvesse a fazer para travar a dinâmica dos “dragões”, que estiveram na iminência de chegar ao terceiro golo num par de ocasiões. Patrick Sequeira e o poste adiaram o inevitável, com Gabri Veiga e Alan Varela a revelarem que a finalização não era um feudo da linha da frente.

Aliás, o terceiro golo com que o FC Porto foi para intervalo saiu do pé direito do lateral Alberto Costa, em insistência após um canto. O remate sofreu ligeiro desvio de Nehuén Pérez, mas isso era irrelevante para os “dragões”, que resolviam a questão numa primeira parte de domínio total (70% de posse de bola e 15-0 em remates).

Clássico no horizonte

Farioli aproveitou, então, o contexto para rodar Francisco Moura, começando a preparar o clássico com as saídas de William Gomes e Froholdt antes da primeira hora de jogo, lançando Eustáquio e Rodrigo Mora.

Mas antes de sair, o dinamarquês que assistiu no primeiro golo ofereceu a possibilidade de Alberto Costa bisar, que o lateral desperdiçou com o estádio de mãos na cabeça.

O Casa Pia pôde respirar um pouco melhor, mas sem constituir verdadeira ameaça, já com os portistas em gestão, o que ainda deu para o FC Porto marcar o quarto golo, numa oferta de Tchamba que Borja Sainz não enjeitou (67′) para consumar a goleada.