O SC Braga deslizou em casa, empatando a duas bolas com o Aves SAD que somou o primeiro ponto na edição 2025/26 da Liga.
Com um início de jogo bastante morno, o primeiro sinal de algum perigo, apenas surgiu ao minuto 12, após uma recuperação de bola em zona adiantada do terreno, por parte do SC Braga, com Pau Víctor a ficar em boa posição para finalizar, mas o remate saiu um pouco ao lado do poste da baliza de Simão Bertelli.
Com a equipa visitante bastante coesa e em bloco baixo, os arsenalistas foram tentando de longe, primeiro por Roger e depois por Gorby, mas sempre fácil para o guardião do Aves SAD. O primeiro golo do encontro surgiu pouco depois e de penálti. Roger Fernandes bailou e Leonardo Conge derrubou o avançado bracarense na sua área. Rodrigo Zalazar assumiu a marcação e não deu hipóteses de defesa, colocando a equipa da casa em vantagem.
Passados cinco minutos, Rafael Barbosa fez o empate, na primeira aproximação dos avenses à baliza dos bracarenses. Após um cruzamento da direita, Tunde Akinsola tentou de primeira, a bola saiu para o meio da área e o médio português, que também falhou o remate, enganou por completo Hornicek e estava feito o um igual.
Logo a seguir bola ao poste para os guerreiros do Minho. Na sequência de um pontapé de canto, Zalazar desviou de cabeça, mas a bola foi embater no ferro da baliza adversária. Na resposta, o Aves SAD fez o 2-1, por Diego Duarte, após uma jogada de insistência, o avançado ficou perante o guardião arsenalista e não vacilou.
No reatamento, os visitantes apareceram confortáveis com o resultado, defendendo bem, pois não permitiram qualquer aproximação à sua baliza, por parte do SC Braga. A primeira ameaça surgiu aos 74 minutos e com um remate de longe, de Zalazar, mas que saiu ao lado.
Um lance que acabou por acordar a equipa, pois a partir deste momento os arsenalistas foram incisivos na procura do golo. Sempre o médio uruguaio a tentar algo e aos 84’ serpenteou por entre os oponentes, mas rematou às malhas laterais. Mas, o empate chegou pouco depois, em mais uma assistência de Lelo e um excelente mergulho de Fran Navarro para cabecear a bola para o fundo das redes.
Igualdade que se ajusta pela valentia e coesão do Aves SAD, sendo que os guerreiros não conseguiram sufocar o adversário suficientemente para irem em busca de outro resultado.
As notas dos jogadores do SC Braga: Lukas Hornicek (5), Víctor Gómez (5), Gustaf Lagerbielke (5), Paulo Oliveira (5), Leonardo Lelo (6), João Moutinho (5), Gorby (6), Roger Fernandes (6), Pau Víctor (5), Rodrigo Zalazar (7), El Ouazzani (5), Gabri Martínez (5), Mario Dorgeles (5), Fran Navarro (7) e Sandro Vidigal (5).
Melhor em campo: Rodrigo Zalazar (nota 7)
Mais uma enorme exibição do médio uruguaio, que marcou de penálti, mas fez muito mais que isso. O jogador, de 26 anos, atravessa um momento de forma incrível e esteve disponível para pegar na bola e aproximar a equipa de zonas de finalização. Quando o adversário estava fechado a defender, tentou de várias formas, até mesmo com remates de longe para dar um sinal.
As notas dos jogadores do Aves SAD: Simão Bertelli (5), Guillem Molina (5), Aderllan Santos (5), Cristian Devenish (5), Leonardo Conge (5), Ángel Algobia (5), Jaume Grau (5), Diogo Spencer (5), Rafael Barbosa (6), Tunde Akinsola (5), Diego Duarte (6), Pedro Lima (5), Guilherme Neiva (5), Tiago Galletto (5), Nenê (-) e Kiki Afonso (-).
A figura: Diego Duarte (nota 6)
O avançado dos avenses apontou o segundo golo da sua equipa, com uma boa rotação entre os centrais bracarenses e mantendo a frieza perante Lukas Hornicek. O jogador paraguaio, de 23 anos, teve pouca bola mas fez o seu trabalho quando a teve e ainda se esforçou bastante, ao ser o primeiro na linha de pressão aos oponentes, enquanto os seus companheiros se mantinham coesos.
Nos jogos em que somos tão superiores aos rivais, em que não nos ferem nada, temos de ser capazes de finalizar as jogadas. Temos de criar, ter mais tranquilidade, melhorar o último passe. Foi o melhor jogo desde que cheguei, pois dominámos totalmente o adversário e isso tem de se traduzir numa vitória. Estamos tristes, porque queríamos dar um triunfo aos adeptos.
Satisfeitos nunca vamos, porque sofrer um golo a um minuto dos 90 não nos pode deixar satisfeitos. Mas, de forma geral, o resultado acaba por ser justo. É normal aquilo que aconteceu na segunda parte e conseguimos fazer dois golos ao SC Braga, que até agora apenas tinha sofrido um. Depois pecámos um pouco na saída de bola, faltou-nos o último passe.