É o que afirma a colunista Marisa Midori esta semana, inspirada pela leitura da coletânea de crônicas “A pele da minha casa” — que trata justamente de historias sobre livros e autores
Para a professora Marisa Midori, não há personagem mais atrativo do que um livro, uma biblioteca. E o livro como personagem foi o tema de sua coluna desta semana. “Nada mais interessante do que as histórias que podemos contar sobre nossos livros, as nossas histórias com os livros que sonhamos e sobre pessoas ligadas aos livros. Histórias que habitam a nossa memória”, inicia ela em sua coluna. “E é um pouco disso que fala Bruno Gaudêncio em seu belo livro A pele da minha casa, com uma capa vintage e muito bem editado pela editora Papel da Palavra. São crônicas e ensaios de um colecionador de livros, como informa o subtítulo do volume”, conta ela, para prosseguir: “Há, por exemplo, um diálogo imaginário entre dois bibliófilos que se encontram em uma antiga livraria e vão conversar, obviamente sobre livros. Esses dois são o brasileiro Ubiratan Machado — publicado pela Edusp e pela Ateliê Editorial — e o italiano Umberto Eco”.
Para a colunista, as editoras brasileiras deveriam se ocupar mais em publicar edições de livros sobre livros. “Existe um movimento hoje me dia de reviver a beleza do livro ou do prazer da leitura do livro em papel, que é bem diferente da leitura em um celular ou no computador”, afirma a professora. “Além disso, temos visto muitos jovens que gostam de se fotografar com um livro nas mãos — e bem melhor se exibir om um livro na mão do que com uma arma”, reflete ela. “O título do livro de Bruno Gaudêncio é lindo e trata dessa relação orgânica que estabelecemos com o livro. Afinal, livro é pele desde o pergaminho. O livro é um grande personagem: ele nos faz pensar, imaginar e sonhar. E em tempos como esses que estamos vivendo, isso é essencial”, finaliza Marisa Midori.
Bibliomania
A coluna Bibliomania, com a professora Marisa Midori, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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