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Redação O Sul
| 25 de agosto de 2025
Independentemente da idade, especialistas reforçam que não existe receita única.
Foto: Reprodução
Independentemente da idade, especialistas reforçam que não existe receita única. (Foto: Reprodução)
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O envelhecimento é inevitável, mas não acontece de forma uniforme. Estudos recentes indicam que, em vez de ser um processo contínuo, ele ocorre em picos, marcados por mudanças mais intensas no organismo. É por isso que muitas pessoas relatam a sensação de “acordar diferente”, com novas rugas, maior sensibilidade a ressacas ou dores mais frequentes nas articulações.
Em 2024, cientistas da Universidade Stanford (EUA) e da Universidade Tecnológica de Nanyang (Cingapura) publicaram na revista Nature Aging um estudo com 108 voluntários, entre 25 e 75 anos. Foram analisadas 135 mil amostras biológicas, incluindo RNA, proteínas e microbiomas. O levantamento mostrou que transformações significativas surgem especialmente em duas fases: por volta dos 40 e dos 60 anos.
Aos 40, os pesquisadores identificaram alterações cardiovasculares e mudanças no metabolismo de cafeína, álcool e lipídios. Já aos 60, os efeitos atingiram funções renais, processamento de carboidratos e regulação imunológica. Em ambos os períodos, o envelhecimento da pele e dos músculos se acelerou.
A dermatologista norte-americana Shereene Idriss concorda com os achados, mas acrescenta que existem, na prática clínica, ao menos quatro picos visíveis, dois deles antes dos 40. “Se não envelhecemos, estamos mortos. A questão é envelhecer da melhor forma possível, física e mentalmente”, afirma.
Primeiros sinais aos 20
A queda na produção de colágeno começa cedo, por volta dos 25 anos, a uma taxa de 1% ao ano. Essa redução contribui para linhas finas e mudanças discretas no contorno facial, que se torna mais alongado. Não há como impedir o processo, mas é possível reduzir o impacto. Idriss recomenda dieta equilibrada, evitar grandes oscilações de peso e adotar cuidados tópicos com vitamina A (retinoides). O microagulhamento também pode ser útil, desde que sem excesso de radiofrequência, que pode comprometer o volume natural do rosto.
Transformações aos 30
Na casa dos 35 anos, a pele tende a perder firmeza, favorecendo a papada e tornando as linhas do sorriso mais evidentes. Nenhum creme repõe o volume perdido, mas terapias como PRP (plasma rico em plaquetas) ajudam a estimular o tecido. Preenchimentos também podem suavizar marcas e equilibrar a face.
Aceleração aos 40
Por volta dos 44 anos, o processo se intensifica. Papada mais marcada, bolsas sob os olhos, lábios mais finos e textura irregular da pele são comuns. Nessa etapa, a dermatologista sugere manter os cuidados anteriores e considerar procedimentos adicionais, como polinucleotídeos tópicos para hidratação, botox em baixa frequência e microagulhamento aliado à radiofrequência.
Pico final aos 60
Na faixa dos 60, pequenas intervenções já não costumam surtir grandes efeitos. Nesse estágio, procedimentos cirúrgicos podem ser uma alternativa, como a platismoplastia, que remove o excesso de pele no pescoço. O lifting facial, segundo Idriss, é mais indicado entre o final dos 40 e o início dos 50, e não após os 70.
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