A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício integram a Flotilha Humanitária que partirá esta semana para Gaza, visando entregar ajuda à população e romper o cerco israelita.
Segundo um comunicado da organização da delegação portuguesa na iniciativa, a partida está prevista para esta semana e a jornada pelo mar Mediterrâneo deverá durar cerca de duas semanas, com a chegada a Gaza prevista para meados de setembro, com ajuda humanitária.
“Reconhecendo a crise humanitária em curso na Faixa de Gaza — não só devido aos sucessivos ataques contra o povo palestiniano, mas também à obstrução no acesso à ajuda humanitária —, os participantes da Flotilha pela Liberdade assumem o compromisso de tentar fazer chegar mais auxílio à região. Mas transportam também uma mensagem: o genocídio deve acabar, o cerco marítimo a Gaza deve terminar e deve ser aberto um corredor marítimo para ajuda humanitária”, refere-se na nota.
A organização defende que os navios que participam na missão têm o direito à liberdade de navegação e à passagem humanitária, ao abrigo do direito internacional, estando os participantes protegidos pela Convenção de Genebra.
Atendendo ao “historial de intervenções anteriores das forças israelitas contra este tipo de ações humanitárias, a delegação portuguesa deu conhecimento desta missão ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português”.
“O cerco marítimo a Gaza é ilegal. A entrega de ajuda humanitária é um imperativo moral”, afirmam.
A ativista sueca Greta Thunberg integrou a Flotilha da Liberdade intercetada em 08 de junho pelo exército israelita quando tentava levar ajuda humanitária a Gaza.
Dos 12 ativistas que viajavam a bordo do Madleen, um navio da Frota da Liberdade que pretendia quebrar o bloqueio israelita sobre Gaza e entregar uma quantidade simbólica de ajuda humanitária no enclave, quatro (entre eles Thunberg) aceitaram ser deportados após a interceção do navio pelo exército israelita.