“As acusações de inação face a um flagelo que combatemos com todas as nossas forças são inaceitáveis e ofendem toda a França”, escreveu o presidente francês, depois de Netanyahu ter acusado Macron de alimentar o anti-semitismo depois do anúncio do reconhecimento do estado da Palestina.

O primeiro-ministro israelita enviou uma carta a Emmanuel Macron a 17 de agosto em que acusou a França de pouco estar a fazer para lutar contra o aumento do anti-semitismo. O presidente francês recusou as acusações e apelidou-as de “errôneas e abjetas”.

Macron afirmou que tenta lutar contra todo o tipo de abominações e apontou às extremas direita e esquerda, acusando-as de alimentar um renovado ódio pela comunidade judaica em França.

“O anti-semitismo no nosso país vem de longe e há muito que é alimentado pela extrema-direita e é também alimentado pela extrema-esquerda que torna a comunidade judaica um alvo e apoia o ódio contra a mesma”.

O presidente de França diz acreditar que o reconhecimento do Estado da Palestina é um maneira de criar uma paz duradoura com Israel e rejeita qualquer apoio ao Hamas.

“Apelo de forma solene a que terminem a corrida mortal e ilegal para uma guerra permanente em Gaza que expõe o seu país à indignidade e o seu povo a um impasse, a parar a recolonização ilegal e injustificável, da Cisjordânia e agarrar a mão estendida de parceiros internacionais dispostos a trabalhar para um futuro de paz, segurança e prosperidade para Israel e toda a região”.


Emmanuel Macron afirmou acreditar que reconhecer o Estado da Palestina é a única maneira de acabar com o Hamas e terminar uma guerra tem assolado a juventude israelita e milhares de vidas na Faixa de Gaza.


(c/ AFP)