Publicação feita no Instagram conta com mais de 11 mil curtidas e 1,3 mil comentários

  • Redação Terra
    Redação Terra

26 ago
2025
– 14h51

(atualizado às 17h59)

Resumo
A atriz Maria Pinna criticou, em vídeo nas redes sociais, pedidos de engajamento por likes e comentários, chamou o mercado de influência de vaidoso e destacou a importância de ética em vez de métricas digitais.

Maria Pinna criticou duramente as práticas das redes sociais

Maria Pinna criticou duramente as práticas das redes sociais

Foto: Reprodução/ Instagram

A atriz Maria Pinna, de 36 anos, usou as redes sociais para fazer um ‘manifesto’. O tema abordado, segundo ela, é os hábitos recentes que passaram a fazer parte do ambiente virtual, como pedidos, vindos de colegas, por likes e comentários em postagens.

“Tenho recebido directs no meu Instagram de pessoas conhecidas me direcionando para as postagens delas. Pensei que o meu Instagram estivesse com algum problema, mas descobri que as pessoas fazem isso (encaminham os posts por DM) para ter engajamento. Que loucura isso!”, disse.

Pinna, que é lembrada por atuações em ‘Malhação’ (TV Globo, 2010) e ‘Cúmplices de um Resgate’ (SBT, 2015), revelou que recebe até mesmo ligações de colegas com o intuito de pedirem engajamento. Ela demonstrou ficar descontente com esse tipo de atitude, pois não vê tanta importância assim em métricas das plataformas digitais.

“Aí, lembrei que tenho alguns conhecidos que me ligam falando ‘oi, tudo bem?’ e antes mesmo que eu responda, já falam: ‘Você viu minha foto no feed? Ah, vai lá dar um moral’. Agora eu pergunto: que moral vocês acham que têm para eu dar uma moral para vocês? Que moral eu tenho para dar uma moral? Que moral que um emoji ou um comentário de qualquer pessoa que seja vai dar moral para alguém?”, desabafou.

Ao prosseguir, a atriz criticou fortemente o ‘mercado de influência’, pontuando que trata-se de ‘vaidade’ e afirmou que seria benéfica a prática de terapia para quem se encontra dentro dessa lógica atual.  

“A nossa sociedade chegou a um ponto de tanta carência e de tanto querer alimentar o ego que está todo mundo confundindo curtida com moral. Não adianta ter influência sem consciência. Isso é vaidade. Curtida não vai comprar caráter de ninguém. Não adianta ter moral no feed se você não tem ética. Engajamento vai te salvar se você cometer um crime? Fama não é sinônimo de influência. Quem tem moral não precisa pedir. Está tudo um caos. Estamos precisando urgentemente de terapia. Por isso, eu peço: não me peçam moral porque ninguém me deposita um pix quando eu preciso”, reclamou.

Além disso, Maria Pinna observou que o comportamento de pessoas próximas muda quando ela está em trabalhos no teatro em relação à atuações na televisão.

“Ninguém dá uma moral enquanto a gente faz peça de teatro. Não vão ver teatro, mas quando estamos numa novela… Ah, aí lota moral. Chove amigo de tudo o que é canto. Não me mandem moral com o feed de vocês pedindo moral. Moral não se pede, se constrói”.

Por fim, ela concluiu o manifesto ressaltando que está exausta com esse cenário e frisou não se importar com o que as pessoas iriam achar. 

“E por que você gravando esse vídeo? Porque estou entalada. Estou cansada com essa patifaria. E, ironicamente, estou perdendo a moral no meu trabalho, assim como várias outras pessoas, para os influenciadores. Ah, mas influenciador é profissão e blá-blá-blá. Não interessa. É isso que eu tenho para dizer. Quem gostou, gostou. Quem não gostou, sinto muito”.

O vídeo, publicado há três dias, conta com mais de 11 mil curtidas e mil comentários.