Os suspeitos criavam contas falsas nas redes sociais – Facebook e WhatsApp – através das quais abordavam as vítimas. Depois, convenciam-nas a partilhar imagens de cariz íntimo e do foro sexual. Já na posse dos ficheiros, chantageavam-nas e exigiam elevadas quantias monetárias para não divulgar os conteúdos comprometedores.

“Até ao momento, foi possível determinar que esta atividade criminosa rendeu ao grupo centenas de milhares de euros”, informa a PJ, adiantando que a maioria dos detidos se dedicava exclusivamente a este esquema, que era o seu principal meio de subsistência.

A investigação, iniciada em fevereiro, culminou esta manhã de terça-feira com a realização de 14 buscas domiciliárias em Albufeira, Almada, Aveiro, Moita, Montijo, Setúbal e Sintra e a detenção de sete suspeitos, com idades entre os 20 e os 46 anos. Foram apreendidos equipamentos informáticos, documentação bancária e outros elementos de prova relevantes.

Os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação. A investigação, a cargo de DIAP de Coimbra. ainda está a desenvolver diligências para apurar a extensão da atividade criminosa dos arguidos, designadamente o número de vítimas atingidas.

A PJ alerta para que “o uso das redes sociais não envolva a exposição íntima e sexual dos seus utilizadores e para uma utilização prudente frente a uma webcam, evitado consequências de devassa grave da vida pessoal e profissional, bem como de vitimização em termos de extorsão e de humilhação”.