A cláusula de rescisão do contrato de Rodrigo Mora com os dragões sofreu uma penalização de 50% a partir de 15 de julho, mas isso não significa que o atacante não vá sair do F. C. Porto, caso o Al Ittihad avance com uma proposta de 70 milhões de euros.

Ao que o JN apurou, esse é o valor de referência fixado pela SAD azul e branca para transferir o jogador, com condições de pagamento a definir, mas a referida penalização faz com que André Villas-Boas possa não deixar sair o jovem avançado se os sauditas acenarem com os 70 milhões após 1 de setembro, data de fecho do mercado de transferências na Europa (na Arábia, a janela só encerra no dia 10 de setembro).

Nesse cenário, como as cláusulas de rescisão têm de ser ativadas pelos próprios jogadores, Mora seria obrigado a depositar 105 milhões de euros na conta da SAD portista e, no limite, de pagar outro tanto ao Estado português, devido a questões fiscais. Estes valores protegem o F. C. Porto no caso de pretender segurar o jogador após o fecho do mercado, por não ter a possibilidade de contratar um substituto.

Para já, os factos dizem que o fundo árabe responsável pela contratação de grandes estrelas estrangeiras, que depois são colocadas num dos quatro principais clubes do país (Al Nassr, Al Hilal, Al Ahli e Al Ittihad), só fez chegar ao F. C. Porto uma proposta de 50 milhões de euros, recusada pelos dragões.

A cinco dias do fecho do mercado em Portugal, é provável que os sauditas voltem à carga, num processo em que o empresário Jorge Mendes desempenha um papel decisivo. No caso de a transferência se consumar, está garantido para a Gestifute o valor da intermediação, ou seja, sete milhões de euros.