O número de casos positivos de mpox em Moçambique subiu para 66, com o registo de mais um caso nas últimas 24 horas em Manica, centro do país, com o total de suspeitos a subir para 810.

No mais recente boletim diário divulgado esta quarta-feiar pela Direção Nacional de Saúde Pública, com dados de 11 de julho a 26 de agosto, refere-se não haver mortes a registar, registando-se um total de 32 recuperados.

O caso registado nas últimas 24 horas foi confirmado na cidade de Chimoio, na província de Manica, indica-se ainda no documento, que faz também menção a 35 novos suspeitos no mesmo período, elevando para 810 o cumulativo.

Até ao momento, as autoridades de saúde contabilizam 66 casos positivos de mpox em Moçambique, 60 dos quais em Niassa (norte), epicentro da doença, três em Manica (centro) e três na província de Maputo (sul).

O diretor nacional de Saúde Pública em Moçambique pediu anteriormente que se evite o pânico e a desinformação em relação à mpox, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.

Moçambique espera receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou o Governo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.

As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado 600 neste surto.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 1 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança registada em três anos.

Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública, disse.