Há cerca de 30 anos, era a Ucrânia um Estado com três anos de vida independente, finalmente desamarrada da Rússia imperial, quando três potências mundiais – Rússia, Estados Unidos e Reino Unido – se juntaram para convencer o jovem e ainda fortemente militarizado país a desistir de ser o Estado nuclear que na altura era, por ter no seu território a grande parte daquilo que tinha sido o arsenal atómico soviético.
Estávamos em 1994 quando foi assinado o Memorando de Budapeste – título oficial Memorando sobre Garantias de Segurança em Conexão com a Adesão da Ucrânia ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Uma garantia de segurança que nunca foi legalmente vinculativa: não é um tratado e não refletiu quaisquer novas obrigações jurídicas internacionais para nenhum dos Estados signatários.
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