A gigante tecnológica Nvidia, actualmente a maior empresa do mundo em capitalização bolsista, apresentou os resultados financeiros para o segundo trimestre do ano fiscal de 2026, revelando uma facturação total de 46,7 mil milhões de dólares (equivalente a aproximadamente 40,2 mil milhões de euros ao câmbio actual). Este valor representa um crescimento de 56% em comparação com o mesmo período do ano anterior e um aumento de 6% em relação ao primeiro trimestre. O lucro líquido (GAAP) acompanhou a tendência de crescimento, atingindo os 26,4 mil milhões de dólares (cerca de 22,7 mil milhões de euros), um aumento de 59% em termos homólogos.
O principal motor deste desempenho continua a ser o segmento de centros de dados, que, por si só, gerou receitas de 41,1 mil milhões de dólares (35,3 mil milhões de euros). Este número reflecte um crescimento de 56% face ao ano anterior e de 5% em relação ao trimestre precedente. Dentro deste sector, o relatório da Nvidia destaca o crescimento sequencial de 17% nas receitas da nova arquitectura Blackwell — a tecnologia que serve de base à mais recente geração de produtos da empresa, como processadores gráficos e de inteligência artificial (IA) para centros de dados, jogos e aplicações gráficas profissionais.
Procura por tecnologia de IA move os centros de dados
A forte procura por esta nova plataforma foi sublinhada pelo fundador e director-executivo da Nvidia. “A Blackwell é a plataforma de inteligência artificial que o mundo esperava, oferecendo um salto geracional excepcional”, afirmou Jensen Huang, citado no comunicado. “A corrida pela IA começou, e a Blackwell é a plataforma que está no seu centro”, acrescentou.
Os restantes segmentos de negócio da empresa também registaram crescimentos anuais significativos. A área de gaming (jogos) facturou 4,3 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), um aumento de 49%, enquanto a visualização profissional alcançou os 601 milhões de dólares (517 milhões de euros), mais 32% que no ano anterior. O segmento automóvel e robótica cresceu uns espantosos 69%, para os 586 milhões de dólares (cerca de 504 milhões de euros ao câmbio actual). Um valor que demonstra como a Nvidia tem uma presença forte neste segmento, um dos mais novos da empresa.
Confiança no futuro, mesmo sem China
A Nvidia demonstrou também uma forte política de retorno aos accionistas, tendo devolvido 24,3 mil milhões de dólares (20,9 mil milhões de euros ao câmbio actual) na primeira metade do ano fiscal através de recompras de acções e dividendos. Adicionalmente, o conselho de administração da empresa aprovou um reforço de 60 mil milhões de dólares (51,6 mil milhões de euros) ao programa de recompra de acções.
Para o terceiro trimestre do ano fiscal de 2026, a Nvidia projecta uma facturação de 54 mil milhões de dólares (equivalente a aproximadamente 46,4 mil milhões de euros ao câmbio actual), com uma margem de erro de 2%. A empresa faz uma nota importante: esta previsão não assume quaisquer vendas do produto H20 para a China.