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A visita de Kim Jong Un é particularmente significativa: será a sua primeira deslocação ao estrangeiro em cerca de seis anos, desde antes da pandemia, e coincide com as celebrações do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
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De acordo com a imprensa estatal chinesa, 26 líderes estrangeiros deverão marcar presença na parada militar, mas nenhum representante dos Estados Unidos ou da Europa Ocidental foi convidado. Entre os presentes estará também Min Aung Hlaing, líder da junta militar de Myanmar, que tomou o poder através de um golpe de Estado em 2021.
Quais os sinais políticos desta cimeira?
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hong Lei, afirmou que Pequim irá “acolher calorosamente” a visita de Kim Jong Un e que “manter, consolidar e desenvolver as relações entre os dois países continua a ser uma prioridade”.
Questionado sobre o impacto da presença de Vladimir Putin, Hong Lei sublinhou que a deslocação do presidente russo “demonstra o elevado nível da parceria estratégica abrangente entre a China e a Rússia e declara a unidade e solidariedade entre os dois países”.
“Perante um cenário internacional marcado por mudanças e turbulência, China e Rússia, como membros fundadores da ONU e membros permanentes do Conselho de Segurança, continuarão a defender a autoridade das Nações Unidas e a justiça internacional”, acrescentou.
Quão unidos estão estes países?
A China continua a ser o principal parceiro económico e aliado diplomático da Coreia do Norte, enquanto Kim Jong Un tem prestado apoio militar a Moscovo através do envio de tropas para a guerra na Ucrânia, segundo fontes ocidentais. Já Moscovo e Pequim reforçaram laços desde a invasão russa em 2022, apresentando-se como contrapeso à influência dos Estados Unidos e aliados.
Especialistas de gerra citados pela SkyNews, consideram que esta presença conjunta de Putin, Xi e Kim em Pequim tem um forte valor simbólico e envia uma mensagem clara ao Ocidente: a de que as alianças estratégicas na Ásia estão a consolidar-se.
O líder norte-coreano poderá ainda participar noutros encontros internacionais em 2025. Donald Trump, atual presidente dos EUA, afirmou esta semana que gostaria de voltar a reunir-se com Kim, retomando contactos iniciados no seu primeiro mandato.