Esta divisão de superinteligência da Meta, para a inteligência artificial, foi anunciada foi Mark Zuckerberg, em junho. Empresa tecnológica tentou atrair pessoas para este novo projeto através de avultadas somas monetárias que podiam atingir os 100 milhões de dólares. Passado cerca de dois meses já saíram pelo menos oito pessoas, refere o Business Insider.

A Meta anunciou, em junho, a criação de uma equipa que intitulou de superinteligência, dedicada à área da inteligência artificial, para competir com a OpenAI, que detém o ChatGPT, a Anthropic (que tem como investidores a Google e a Amazon), e a Google, que possui o Gemini. Mas agora esta nova divisão da empresa, liderada por Mark Zuckerberg, e para a qual se tentou atrair funcionários com grandes ofertas monetárias, tem de lidar com as primeiras baixas, avançou na quarta-feira o Business Insider.

Mark Zuckerberg terá tentado atrair funcionários da OpenAI para esta nova divisão de superinteligência, da Meta, com ofertas que terão atingido os 100 milhões de dólares, como chegou a denunciar o CEO da OpenAI, Sam Altman. O New York Times chegou também a avançar que Mark Zuckerberg chegou a oferecer 125 milhões de dólares para atrair talento na área da inteligência artificial. A mesma publicação diz ainda que esta área pode mobilizar ofertas de 250 milhões de dólares.

Mas isso não terá sido suficiente para travar as saídas na equipa de superinteligência da Meta. De acordo com o Business Insider pelo menos oito funcionários estão de saída desta equipa de superinteligência.

Aqui inclui-se membros das áreas de investigação, engenharia e também um funcionário sénior na divisão de produto que saíram desta divisão de superinteligência da Meta menos de dois meses depois de Mark Zuckerberg ter anunciado a criação do Meta Superintelligence Labs (MSL), salienta o Business Insider.

Um porta-voz da Meta confirmou à Business Insider que a maioria dos funcionários que estão de saída, desta divisão, “estavam na empresa há anos”, acrescentando que “algum desgaste é normal para qualquer organização desta dimensão”.

O Business Insider refere que entre as saídas da equipa de superinteligência da Meta estão Bert Maher, que estava há 12 anos na Meta, e que foi responsável pelo desenvolvimento de algumas das ferramentas mais importantes na área da inteligência artificial da Meta, como o PyTorch, o Triton, que são respetivamente um software de código aberto para treinar e testar modelos de inteligência artificial e uma linguagem de programação que permite tornar os modelos de inteligência artificial mais eficientes.

Na lista de saída inclui-se também Tony Liu, que tinha mais de oito anos na Meta, e que terá gerido equipas na área de GPU PyTorch, uma área de relevo para a execução de modelos de inteligência artificial. A este junta-se Chi-Hao Wu, que trabalhava na área de inteligência artificial e machine learning, que sai para se tornar diretor de inteligência artificial na Memories.ai. De saída está também Aram Markosyan um cientista que trabalhava em modelos de inteligência artificial e que contribuiu também para o desenvolvimento dos óculos inteligentes da Meta.

O Business Insider salienta também que alguns ex-funcionários da área de inteligência artificial devem ir para a OpenAI. Aqui inclui-se Chaya Nayak, que era funcionária da Meta há quase nove anos, e que desempenhava funções como diretora de gestão de produto para a área da inteligência artificial generativa. Para a OpenAI vai também Afroz Mohiuddin, um engenheiro sénior que se tinha juntado à Meta no ano passado.

A Wired avançou também que os investigadores Avi Verma e Ethan Knight, saíram da equipa de superinteligência da Meta ao fim de menos um mês para regressarem à OpenAI. Rishabh Agarwal foi outra saída depois de ter passado cinco meses na Meta. O Business Insider refere que este se deve juntar à Periodic Labs, uma nova startup de inteligência artificial fundada por antigos investigadores da OpenAI e da DeepMind (projeto da Google).