Uma vista aérea de um elefante a cruzar um mar de lixo, um impasse entre um leão e uma cobra-capelo, o retrato de um grupo de curiosos lobos do Ártico e um grupo de pinguins-imperadores que caminham no limite.

Estas são apenas algumas das imagens do mundo natural que estão em jogo na 61.ª edição do concurso de fotografia da vida selvagem Wildlife Photographer of the Year, que é desenvolvido e produzido pelo Museu de História Natural de Londres.

Em comunicado, a instituição informa que a edição deste ano contou com 60.636 submissões, de 113 países e territórios, sendo o maior número desde que a competição começou há seis décadas.

Os grandes prémios (adulto e jovem) e os 19 vencedores de cada uma das categorias serão anunciados no próximo dia 14 de outubro, numa cerimónia acolhida pelo museu britânico, que contará com os conservacionistas Chris Packham e Megan McCubbin como apresentadores.

Posteriormente, no dia 17 de outubro, será inaugurada uma exposição com as 100 “mais inspiradoras e poderosas imagens do nosso mundo natural”, selecionadas, do total de submissões, por um painel de especialistas em fotografia da vida selvagem, documentarismo, ciência e conservação, com base na criatividade, originalidade e qualidade técnica das obras.

De acordo com o Museu de História Natural de Londres, a exposição irá também informar os visitantes sobre como os habitats do planeta estão a mudar. Além das fotos em exibição, será fornecida informação sobre alguns dos habitats mostrados nas imagens, nomeadamente, quando da biodiversidade dessa região, numa escala de 0% a 100%, permanece. Essa medição é feita através do índice Biodiversity Intactness Index, criado pelo museu e adotado pela Convenção-Quadro da Biodiversidade como um indicador oficial para o apoio à tomada de decisão.

Kathy Moran, presidente do júri da 61.ª primeira edição do Wildlife Photographer of the Year, comenta, em nota, que “como uma defensora do poder da fotografia, não há nada mais gratificante ou comovente do que ver a nossa relação com o mundo natural, em toda a sua complexidade e esplendor, partilhada na maior plataforma do mundo para a fotografia de vida selvagem”.

Doug Gurr, diretor do Museu de História Natural, está convicto de que, “com a inclusão do Biodiversity Intactness Index, a exposição deste ano será a nossa melhor combinação até agora de grande artisticidade e ciência inovadora, ajudando a inspirar os visitantes para que se tornem defensores do nosso planeta”.