Urbanização da margem esquerda é uma das obras que será entregue (Foto: Patrick Rodrigues, Arquivo NSC Total)
A extensa programação do aniversário de 175 anos de Blumenau, com uma série de ações e atividades entre este sábado (30) e a próxima terça-feira (2) anunciadas pelo governo Egidio Ferrari, vai reservar um capítulo final para ao menos três projetos que se transformaram em verdadeiras “novelas” nos últimos anos: as inaugurações da reurbanização da Prainha e da Margem Esquerda e a municipalização do Complexo Esportivo do Sesi.
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Vamos por partes, começando pela última. A municipalização do Sesi é discutida oficialmente há pelo menos 20 anos. Em 2005, um projeto do então vereador Marco Antonio Wanrowsky já enumerava as mesmas vantagens da municipalização abordadas agora: transferência de secretarias municipais para a estrutura, gerando economia com aluguéis, e a viabilização de um estádio de futebol para os clubes da cidade.
Depois de mais de uma década no limbo, a ideia voltou à tona em 2021, quando a prefeitura, já na gestão de Mario Hildebrandt, voltou a formalizar o interesse junto à Fiesc. Desde então, a jornada foi longa, passando por definições de valores, autorizações para a operação em Brasília, mudanças em leis municipais e a construção de uma engenhosa solução para viabilizar o negócio entre entidade e governo do Estado – que adquiriu e está doando o espaço a Blumenau – por meio de permutas com imóveis em Joinville e Florianópolis.
Na próxima terça, quando a bola rolar para um amistoso entre amigos do BEC e de Metropolitano, a frase “o Sesi é nosso” enfim será 100% verdadeira.
A reurbanização da Margem Esquerda também é sonho antigo, debatido no mínimo desde 2008, durante o mandato de João Paulo Kleinubing, e com obras de contenção contratadas em 2012. Em março de 2017, o então governador em exercício de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, prometeu ao então prefeito Napoleão Bernardes a liberação de R$ 15 milhões para a obra. O dinheiro não saiu naquela gestão estadual, e nem na seguinte.
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Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total
Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total
Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total
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O processo só voltou a avançar em 2023, com a contratação da empresa responsável pelas obras e a liberação, já no governo de Jorginho Mello, de recursos. Segundo a secretaria municipal de Obras, a reurbanização será totalmente concluída até este sábado (30). Faltam detalhes finais referentes à colocação de paver, grama e guarda-corpo em um trecho pequeno da área, que tem um quilômetro de extensão. O investimento total foi de R$ 34,7 milhões, com R$ 24,7 milhões vindos do Estado. O restante foi contrapartida da prefeitura.
A revitalização da Prainha é outra daquelas intervenções emblemáticas. O contrato para a execução da obra foi assinado em agosto de 2020. Naquele mesmo ano, porém, uma disputa judicial paralisou os trabalhos. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina acabou dando razão à prefeitura num recurso sobre as regras da licitação. O município questionava a vitória da construtora Obramaster, que havia levado a concorrência com o auxílio de uma liminar.
Mais tarde, em 2022, o contrato acabaria rescindido pelo município por descumprimento de prazos. A segunda colocada na licitação, a Construtora Stein, foi chamada para tocar o saldo remanescente e aceitou a missão no início de 2023. A necessidade de ajustes financeiros para a conclusão dos trabalhos e os impactos de enchentes voltaram a prolongar os prazos.
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Também segundo a secretaria de Obras, agora tudo está “99% pronto”. Falta apenas a implantação de banheiros em uma estrutura de contêiner, que ainda não está concluída. Enquanto isso, serão usados banheiros químicos. O píer flutuante também não foi instalado nesta semana por causa do nível do rio Itajaí-Açu. O investimento total foi R$ 4,8 milhões, com R$ 3,1 milhões do Ministério do Turismo por meio de emenda parlamentar do deputado federal Rogério Peninha Mendonça. A prefeitura entrou com o restante.
As “inaugurações” caíram no colo de Ferrari, que receberá Jorginho neste domingo (31). Mas muitos de seus antecessores, que iniciaram os projetos, também tentarão surfar na onda – um movimento justo. Política à parte, quem ganha com os novos equipamentos é o morador de Blumenau.
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