Exemplares de caravela-portuguesa (Physalia physalis) foram registados em 23 praias entre os concelhos de Vila do Conde e Caminha, durante a passada semana, no Norte do país.

De acordo com o programa GelAvista, do IPMA, esta gelatinosa deu à costa nas praias de Moledo e Duna do Caldeirão, em Caminha, bem como na praia do Rodanho, em Viana do Castelo.

Os restantes exemplares foram detetados em praias da Póvoa de Varzim (Fragosa, praia de A-ver-o-mar, praia do Carvalhido, praia da Salgueira, praia da Lagoa, praia de Lada) e Vila do Conde (Mindelo, praia de Moreiró, praia do Pucinho, A prainha, praia dos Barcos, praia da Senhora da Guia, praia da Azurara, praia Mar e Sol, praia de Árvore, praia da Congreira, praia da Terra Nova, praia da Olinda, praia do Pinhal dos Eléctricos, praia de Lardeça).

Explica o GelVista que “através do seu pneumatóforo, que se assemelha a um balão flutuante, as caravelas são transportadas até à costa, onde acabam por arrojar”.

O programa também alerta que entre as espécies de gelatinosos que ocorrem em Portugal, esta é a que exige maior cautela, devendo ser evitado qualquer contato com os seus tentáculos urticantes, capazes de provocar fortes queimaduras.

Contido, isso não é motivo para preocupação, uma vez que em Portugal, é comum a sua ocorrência praticamente durante todo o ano, embora se verifique um maior número de observações da espécie nos meses de verão nos Açores e Madeira.

O facto de estarem a chegar a zonas mais a Norte da latitude, prende-se porque a sua distribuição é “fortemente influenciada por ventos e correntes”.