Nos anos 1970, entrevistar o Led Zeppelin não era tarefa simples. A banda era uma das maiores do mundo, mas também uma das menos acessíveis para a imprensa. Com longas turnês, estresse constante e um empresário conhecido pelo temperamento explosivo, o grupo estabeleceu um conjunto de regras incomuns para quem quisesse sentar diante deles com um gravador, relembra a Far Out.

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Foto: Rhino - Atlantic Records - Michael OchsFoto: Rhino – Atlantic Records – Michael Ochs

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John Bonham, por exemplo, era descrito como imprevisível. Sua agressividade atrás da bateria se refletia fora do palco, especialmente quando bebia. Antes de encontrar o músico, jornalistas eram advertidos: não era recomendável manter contato visual direto, ou seja, não olhe para John Bonham. O aviso soava exagerado, mas episódios como o dia em que Bonham acertou um soco em Robert Plant nos bastidores de um show em Tóquio reforçavam o cuidado.

O empresário Peter Grant completava esse ambiente intimidador. De porte físico imponente, usava sua presença para fechar contratos vantajosos e manter afastados aqueles que julgava inconvenientes. Quem lidava com ele costumava tremer de nervoso. Mesmo pessoas próximas, como o ex-assessor de imprensa Bill Harry, admitiam que Grant podia alternar entre simpatia e pura brutalidade.

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Nesse clima, entrevistas eram tratadas quase como operações de risco. Para minimizar problemas, jornalistas recebiam instruções específicas de conduta. Entre elas, não falar com nenhum integrante a menos que fossem abordados, não dirigir a palavra a Grant ou ao tour manager Richard Cole, manter o gravador desligado fora do momento formal da entrevista e, acima de tudo, restringir perguntas apenas à música.

A mensagem era clara: o Led Zeppelin desconfiava da imprensa e não tolerava deslizes. Os músicos liam o que saía sobre eles e não aceitavam distorções. Quem não seguisse as regras corria o risco de perder a entrevista – ou, pior, enfrentar a fúria de Bonham e Grant.

Mais do que simples capricho, essas normas refletiam a tensão de uma banda que vivia sob pressão, cercada por excessos e pela necessidade de se proteger do assédio constante. Entrevistar o Led Zeppelin, afinal, não era apenas uma conversa sobre música: era entrar em território controlado, com as regras ditadas pelos próprios donos da casa.

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