Algumas novelas da história da televisão brasileira ficaram marcadas mais por polêmicas nos bastidores do que por terem feito sucesso.
Na lista de hoje, relembre quatro novelas da Globo que tiveram bastidores picantes:
A Gata de Vison
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Novela exibida entre junho de 1968 e janeiro de 1969, A Gata de Vison não fez sucesso e ainda ficou marcada por uma paixão inusitada nos bastidores. A autora, Glória Magadan, se apaixonou por um dos artistas do elenco, Geraldo Del Rey, e fez seu personagem crescer, deixando outros descontentes, como Tarcísio Meira, que vivia o protagonista da obra.
O personagem de Del Rey, inicialmente um vilão, foi crescendo e se transformando, a ponto de se tornar o mocinho da história, enquanto o personagem de Tarcísio foi se descaracterizando. O ator, que já era um grande astro na época, ficou descontente e pediu para deixar a trama, sendo substituído por Milton Rodrigues.
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Em decadência junto à direção da Globo, a autora, que dominava a teledramaturgia da emissora, praticamente cavou sua demissão após esse episódio.
Duas Vidas
Exibida entre dezembro de 1976 e junho de 1977 pela Globo, Duas Vidas teve bastidores conturbados, inclusive com detalhes “picantes” envolvendo seu elenco. A protagonista Betty Faria, o ator Mário Gomes e o diretor Daniel Filho acabaram se envolvendo num escândalo na época.
Betty, que era casada com Daniel, acabou se envolvendo com Mário durante a produção. Depois disso, o diretor abandonou a produção. Para completar, Mário ainda se viu em meio a mais uma fofoca. O jornal Luta Democrática publicou que o galã havia dado entrada em um hospital com uma cenoura entalada no ânus.
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A fofoca foi plantada por Carlos Imperial, polêmico produtor musical e cineasta, para se vingar do ator. Isso porque, em 1976, o cineasta espalhou pela cidade cartazes do ator vestido de mulher para divulgar o filme O Sexo das Bonecas. O galã entrou na Justiça e recolheu o material, mas o estrago já havia sido feito.
Mandala
Exibida entre outubro de 1987 e maio de 1988, Mandala é lembrada até hoje por causa do hit O Amor e o Poder, do refrão “Como uma deusa”, na voz de Rosana. No entanto, a novela de Dias Gomes também ficou marcada por uma paixão que explodiu nos bastidores.
Na época, Vera Fischer tinha 36 anos e era uma musa nacional, enquanto Felipe Camargo tinha 27 anos e engrenava na carreira após estourar em Anos Dourados (1986) e Roda de Fogo (1986). Os dois se conheceram nas gravações da trama e a paixão foi arrebatadora, ganhando as manchetes dos jornais e revistas da época. Vera era casada com Perry Salles, que contracenava com ambos, e acabou se separando dele para ficar com Felipe.
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O casamento veio em 1988 e parecia feliz. Mas aí começaram os problemas, agravados nos anos seguintes, até a separação, ocorrida em 1994. Na época, ambos atuavam em Pátria Minha (1994), de Gilberto Braga. Vera vivia a protagonista, Lídia Laport. Ela chegou a ser afastada duas vezes da trama, a primeira por quebrar o antebraço após brigar com Felipe, e a segunda por constantes atrasos e outros motivos relacionados ao comportamento. Os dois personagens acabaram morrendo na história.
O Sétimo Guardião
Aguinaldo Silva voltou a usar o realismo fantástico nessa novela exibida entre novembro de 2018 e maio de 2019, mas o resultado não foi o esperado.
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A produção ficou marcada mais pelos problemas que teve nos bastidores, incluindo processo movido contra o autor por um aluno reivindicando a coautoria da trama, a morte de um figurante durante as gravações e fofocas sobre casos extraconjugais de integrantes do elenco, que ganharam proporções gigantescas e acabaram sendo batizadas de Surubão de Noronha.
Na época, a protagonista Marina Ruy Barbosa acabou sendo apontada como pivô da separação de Débora Nascimento e José Loreto. Bruno Gagliasso, par romântico de Marina na trama, teria tomado partido do amigo, gerando mal estar nos bastidores.
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“Fui envolvida numa polêmica que eu não tinha nada a ver, que não era verdade”, relembrou Marina em entrevista ao jornal O Globo. “Cheguei a desmaiar no camarim por causa de uma crise de pânico”,