Meio século depois de seu lançamento, Tubarão , de Steven Spielberg, ainda mostra ter fôlego suficiente para abalar o cinema, ao chegar ao segundo lugar da bilheteria americana com seu reestreia comemorativa, na comemoração do Dia do Trabalho local (o Labor Day, celebrado nos EUA na primeira segunda-feira de setembro).
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Com exibição em 3,2 mil cinemas, o relançamento do longa de 1975 ficou atrás apenas do terror “A hora do mal”, de Zach Cregger, que segue em primeiro lugar pelo quarto fim de semana consecutivo, com uma arrecadação estimada de US$ 12,4 milhões incluindo o feriado de segunda, e uma bilheteria global de US$ 234,6 milhões. No mesmo período, a previsão é de que “Tubarão” chegue a US$ 9,8 milhões.
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Sucesso do clássico de Spielberg, de 1975, gerou onda de longas e até versão com orcas
O resultado o colocaria à frente de estreias como “Ladrões”, novo filme de Darren Aronofsky (“Cisne Negro”), estrelado por Austin Butler e Zoë Kravitz, com previsão de arrecadar US$ 9,5 milhões no feriadão, ficando na terceira posição. Em quarto lugar ficou “Uma sexta-feira mais louca ainda!”, da Disney, com Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan, com a previsão de arrecadar US$ 8,3 milhões no período. E fechando o Top 5 vem “Os Roses: Até que a morte os separe”, remake de “A guerra dos Roses” (1989), com Benedict Cumberbatch e Olivia Colman, que deve chegar a US$ 8 milhões no período.
O fato de um filme lançado há 50 anos superar estreias e longas muito aguardado pelos estúdios acendeu a luz amarela em uma temporada de verão muito aquém do que se esperava em Hollywood, com a receita doméstica ficando abaixo dos US$ 3,67 bilhões do ano passado e distante dos US$ 4,09 bilhões de 2023.
Como ‘Tubarão’ mudou a história do cinema
O cinema nunca mais foi o mesmo desde que Steven Spielberg lançou “Tubarão”, no dia 20 de junho de 1975, há exatos 50 anos. Orçada em US$ 7 milhões, a obra fez as filas de cinemas dobrarem quarteirões, inaugurou o conceito de “filme de verão” em Hollywood e mudou para sempre a relação dos banhistas com os predadores marinhos. Além disso, inaugurou um subgênero do cinema fantástico: o filme de tubarão.
— “Tubarão” é, sem trocadilhos, um divisor de águas na história de Hollywood. Ele inaugura a era do blockbuster moderno — destaca o crítico Marcelo Janot. — Spielberg mostra que o medo do que você não vê é muito maior do que aquele que você vê. Com uma trilha minimalista do John Williams e uma câmera que assume o ponto de vista do tubarão, cria uma experiência assustadora para o espectador.