De visita à China, Vladimir Putin afirmou ainda que nunca se opôs à adesão da Ucrânia à União Europeia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou esta terça-feira as alegações de está a planear atacar a Europa, caso tenha sucesso em solo ucraniano.

Ao lado de Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, Putin acrescentou que as alegações sobre a intenção da Rússia de atacar outros países europeus era “uma provocação ou um ato de incompetência”.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, (à esquerda) e o presidente russo, Vladimir Putin, participam numa reunião na Casa de Hóspedes Estatal Diaoyutai, em Pequim, China, a 2 de setembro de 2025. EPA/Lusa

Segundo a Sky News, o líder russo afirmou também que Moscovo nunca se opôs à adesão da Ucrânia à UE, mas reforçou que a adesão da Ucrânia à NATO era “inaceitável”.

Sobre uma possível adesão de Kiev à União Europeia, Putin defendeu que o Kremlin nunca se opôs. “Quanto à adesão da Ucrânia à UE, nunca nos opusemos a isso. (…) Quanto à NATO, a questão já é diferente.”

Putin referiu ainda que discutiu a segurança da Ucrânia a 15 de agosto, no Alasca, data em que se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump.

“Há opções para garantir a segurança da Ucrânia caso o conflito termine”, sublinhou Putin. “Parece-me que há uma oportunidade de chegar a um consenso aqui.”

As declarações surgem numa altura em que Putin encontra-se de visita à China para participar na Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai e para assistir ao desfile militar em celebração do 80.º aniversário do sim da Segunda Guerra Mundial.