Após superar o vídeo em drogas e bebidas alcoólicas, ator famosos revela que sente vergonha de fase turbulenta na vida
Perto de completar 60 anos, o ator Charlie Sheen decidiu abrir o coração sobre seu passado conturbado. Conhecido mundialmente pelo sucesso em Two and a Half Men, ele ficou marcado pelo estilo de vida considerado “selvagem”. Hoje, soma oito anos longe das drogas e do álcool. Com isso, resolveu contar sua trajetória em um livro chamado The Book of Sheen. A obra ainda não foi lançada, mas o ator adiantou alguns trechos à revista People. “Não se trata de esclarecer as coisas ou consertar todos os erros do meu passado”, afirmou. Ele também prepara um documentário para a Netflix.
Ator famoso desabafa sobre vício em crack e bebidas alcoólicas ‘Vergonha’ / Reprodução
Foto: Contigo
A carreira de Sheen começou em 1986, com uma pequena participação em Curtindo a Vida Adoidado. Depois vieram papéis maiores que o projetaram ao estrelato. O sucesso trouxe também festas regadas a álcool, drogas e prostitutas. Olhando para trás, ele acredita que mergulhou nos excessos por insegurança. “Sempre houve aquela voz de dúvida, de que era apenas uma questão de tempo até que tudo acabasse”, recordou. Nesse período, experimentou crack, foi internado diversas vezes e sobreviveu a uma overdose. “Nas minhas festas, eu sempre dizia: ‘Deixe seu julgamento na porta. Sem dor no quarto. E ninguém pode morrer'”, relembrou.
Superação e busca por perdão
O fundo do poço aconteceu em 2011, após sua saída de Two and a Half Men. A virada veio em 2017, quando decidiu abandonar os vícios pelos filhos Sami, Lola, Max e Bob. “Eu mantenho uma [lista mental] das piores e mais vergonhosas coisas que fiz, e consigo pensar nisso se tiver vontade de beber”, explicou. Desde então, dedica-se à sobriedade e tenta reconstruir a confiança com a família.
Mesmo assim, admite que o processo de perdão ainda é delicado. “O perdão ainda é uma coisa em evolução”, declarou. “Ainda sinto o que chamo de calafrios de vergonha. São esses momentos que me atingem, com as memórias, escolhas e consequências horríveis”. Apesar disso, reconhece avanços, já que essas lembranças aparecem cada vez menos. Prestes a completar seis décadas, celebra também a saúde física: “Estou me sentindo muito bem! A maioria dos caras da minha idade costuma ter problemas nas costas ou nos joelhos. De alguma forma, eu escapei disso”, afirmou com alívio.