Ao lado do presidente ucraniano, Emmanuel Macron anunciou que “os europeus estão prontos para oferecer garantias de segurança” a Kiev “no dia em que for assinado um acordo de paz” entre a Ucrânia e Rússia, saudando o esforço dos europeus nas últimas semanas. “A questão agora é determinar a sinceridade da Rússia e os seus compromissos sucessivos com os EUA em relação às negociações de paz”, afirmou. “A segurança da Ucrânia e dos ucranianos é também a nossa e a da Europa”, reiterou Macron.
Em declarações à imprensa, à chegada ao Palácio do Eliseu, o presidente ucraniano acrescentou que “não temos qualquer sinal da Rússia relativamente a uma eventual paz”. Segundo Volodymyr Zelensky, “a união da Europa irá ajudar a reforçar a pressão sobre a Rússia para uma solução diplomática”.
Reunião com Donald Trump na quinta-feira
Os presidentes da França e da Ucrânia, assim como os outros líderes europeus, vão reunir-se ao telefone na quinta-feira com o homólogo americano no final da reunião da Coligação de Vontades, onde deverão ser discutidas as garantias de segurança para a Ucrânia.
A chamada está prevista para as 14h00 de Portugal Continental, seguida de uma conferência de imprensa.
Segundo duas fontes diplomáticas citadas pela agência Reuters, o enviado especial dos EUA para a Ucrânia, Steve Witkoff, também se encontra em Paris.
Trump promete proteger a Polónia
O presidente dos EUA Donald Trump afirmou esta quarta-feira as tropas americanas permanecerão na Polónia e que está disposto a enviar mais se for solicitado por Varsóvia, ao contrário de outros países europeus onde confirmou estar a ponderar a retirada de tropas.
“É como a pergunta que foi feita sobre os soldados. Nunca sequer pensámos em retirar soldados da Polónia”, afirmou Trump, em declarações à imprensa durante a reunião com o presidente polaco, Karol Nawrocki, de visita oficial aos EUA. “Pensamos nisso em relação a outros países, mas nunca… Estamos com a Polónia até ao fim e ajudaremos a Polónia a proteger-se”, garantiu.
As declarações de Donald Trump sobre uma “relação muito especial com a Polónia” e a garantia da presença de tropas americanas na Polónia foram muito bem recebidas por vários líderes polacos .
“O presidente Trump acaba de declarar que os Estados Unidos não têm
planos, nem planeiam no futuro, retirar as tropas americanas da Polónia.
Estas são palavras importantes que confirmam a natureza intemporal da
nossa aliança”, saudou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, que participará amanhã na reunião em Paris.
Prezydent Trump zadeklarował przed chwilą, że Stany Zjednoczone nie zamierzały i nie planują w przyszłości wycofania z Polski amerykańskich wojsk. To ważne słowa, które potwierdzają ponadczasowy charakter naszego sojuszu.
— Donald Tusk (@donaldtusk) September 3, 2025
Também o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radosław Sikorski, afirmou que “é positivo que o presidente Trump tenha confirmado a permanência das
tropas americanas na Polónia. Em questões de segurança, dissuasão de
Putin e apoio à Ucrânia, o governo e a oposição falam a uma só voz”.