Era um cenário quase impensável antes do arranque do Campeonato da Europa masculino de hóquei em patins. Portugal perdeu nesta quarta-feira pela terceira vez consecutiva, em Paredes (3-1 com Espanha), e encerra a fase de grupos do torneio no último lugar do Grupo A. Vai defrontar agora Andorra nos quartos-de-final, mas com o peso de prestações muito abaixo do estatuto que tem e com muitas inseguranças acumuladas.
Os jogos contra Espanha são sempre dos mais exigentes no hóquei em patins. Nesse sentido, uma derrota contra um rival directo, que é sempre candidato a conquistar troféus, não poderá ser encarado como uma surpresa. Mas a acumulação de maus resultados e exibições pouco convincentes conferem a este desaire um peso acrescido.
O seleccionador português, Paulo Freitas, fez alguma rotação (a começar pela baliza, onde jogou Guga em vez de Xano) e a primeira parte foi relativamente repartida, com oportunidades de parte a parte. Saiu por cima a Espanha, com um golo de Martí Casas já nos últimos cinco minutos. E aos 7′ do segundo tempo o jogador do Reus bisou, arrancando sozinho desde a meia-pista.
Portugal ainda conseguiu responder, com um golo de penálti, de Gonçalo Alves, mas Nil Roca repôs mesmo a vantagem espanhola, a 10 minutos do fim, e confirmou a vitória no Grupo A, bem como o último lugar de Portugal, atrás de França e Itália.
Agastado, Paulo Freitas reconheceu no final que a selecção não tem sido competente, mas diz já ter vislumbrado sinais de melhoria, lembrando que continua intacto o objectivo de conquistar o título europeu.
Para isso, Portugal terá de derrotar nesta quinta-feira (21h45, RTP) a bem mais modesta selecção de Andorra, que ganhou o Grupo B (à frente de Suíça, Áustria e Alemanha). Se o conseguir, voltará a medir forças com Espanha, no dia seguinte, desta vez pelo acesso à final da competição.